sexta-feira, 30 de março de 2007

Geek desconhecido diz...

"Há 10 tipos de pessoas no mundo: os que conhecem código binário, e os que não."

quinta-feira, 29 de março de 2007

terça-feira, 27 de março de 2007

Hel País


Cada dia me se pone más la canne de gallina con las notisias de Hel País. Véase esta, donde lo hinsólito no es la facha de muger mal tratada de la Condi, sinó que las cosas deben estar tan mal en Jerusalém que el periodista que la escribío no tenía ni un mísero correztor ortográfico que llevarse a la letra. Foto azjunta como prueva para la pos-teridad.

sexta-feira, 23 de março de 2007

neologismos e palavros

currojimenizar-se: di-se de alguém que deixa crescer umhas patilhas com forma de costeleta.

embailentonar-se: di-se quando a gente está fria e nom se atreve a sair a bailar as primeiras peças, despois com o vinho ou o licor café já se vai quentando a cousa e mais tarde ou mais cedo a gente bota-lhe valor e sai a bailar. Ex: "Já nos embailentonamos!". Nota: esta é meio minha ;)

alcoholidays
: di-se em inglês das férias em que se bebe muito. Nota: esta eu pensava que era nova pro resulta que Google dá quase 2000 ocorrências.

tecolotecolotear: di-se da acçom de golpear repetidamente as teclas do teclado para escrever no computador. Nota: a versom em català foi umha das palavras ganhadoras dum concurso de neologismos. Ex: Nesta sala trabalham muitíssimo. Quando passas escuita-se como tecoltecoloteam. Devo reconhecer que este neologismo nom é meu, creio que o lim numha obra de Carlos Caneiro, talvez Un xogo de apócrifos.

falicidades!: é como os parabéns ditos polo santo, polo aniversário, polo natal, etc. mas para che desejar muita actividade sexual na que haja um falo de por meio. Variante: falocidades.

felacidades!: esta também é como os parabéns e como a anterior (ainda que menos usada) mas para desejar muitas lambidas.

onaçom e penetencia: estos som dous pecados pecadíssimos que o cura nunca che manda.

penedrive ou penetrive (dito [penedraif] ou [penetraif]): isto é um trebelho que se usa como memória de datos e que normalmente penetra polo porto USB.

any sabatic: això és una estada a l'estranger fent sabates durant un any.

aforreis: di-se quando encontras gente no ano novo que te vê com algo novo que pensa que che regalarom mas na verdade comprache-o tu só com muito esforço e sacrifício. Entom dim-che "Forom os reis?" e tu respondes "Que reis, forom os aforreis!"

chátchara: isto é o trebelho esse para falar por Internet, hai-no de vários tipos: Jabber, Gtalk, MSN Messenger, Yahoo! Messenger, etc.

frenilíngüis: hummm...

apernar: dar umha aperta a alguém mas com as pernas em vez de com os braços, colocar as pernas arredor do corpo de alguém

jantança: reuniom em que as pessoas se juntam para comer

terça-feira, 20 de março de 2007

Click here to download your lunch

Hai um par de dias esquecim o jantar na casa. Estou desejando que a informática avance mais para que se poda descarregar o jantar de Internet. Haverá sítios web com bufé livre, onde baixavas todo o que queiras por um preço único, e outros em que pagas só por cada prato virtual. E por suposto podera-se baixar com o emule a comida que comparte outra gente. Depois o teu computador comunica-se por bluetooth com umha impressora 3D que sintetiza os nutrientes com mais ou menos sal segundo a tenhas configurada. E para transportá-la e imprimi-la noutro lugar, mete-la no tuper-drive USB, que os haverá dum montom de gigas (nom sei a quantos gramos equivalerá um giga, mas decerto que caberá um monte de comida). Terá a vantagem de que a comida nom se estraga, aguanta um montom de tempo no disco rígido ou no tuper-drive. O ruim suponho que será o spam, nom quero nem pensar que te has de encontrar quando estejas mastigando...

Estaria bem, seguro que nem com isso acabava a fame do mundo...

Deutsch I

Ich heiße Manuel. Ich komme aus Galicien, aber ich wohne und arbeite jetzt in Barcelona, in Katalonien. Ich wohne mit zwei Mädchen aus Galicien.

sexta-feira, 16 de março de 2007

Palabras que acaben en -esco

dantesco, quijotesco, gigantesco, grotesco, carnavalesco, pintoresco, novelesco, parentesco, principesco, goyesco, Unesco, pesco, Francesco, Ionesco, romesco, madrigalesco, leonardesco, simiesco, trovadoresco, versallesco, plateresco, picaresco, libresco, rocambolesco, oficinesco, detectivesco, cervantesco, churrigueresco, petrarquesco, caballeresco, canallesco, burlesco, cuesco, refresco, fresco, arabesco


2008.05.10 piterpanesco 

Expresso a minha nom-conformidade!

Nom é que pretenda comparar ou equiparar a minha experiência à das pessoas que sofrem ou sofrerom discriminaçom ou violência por serem gais ou lesbianas ou outra cousa heterodoxa, mas penso que os dous tipos de experiências se devem ao mesmo tipo de pré-conceitos e som causadas pola mesma maneira de entender a masculinidade e a sexualidade ou o ser humano em geral. Ademais, por sorte, eu sempre gozei de liberdade na minha casa para fazer o que me apetecesse. Havia outros problemas, como a hora de chegar, ou a sobre-protecção, mas isso é farinha doutro saco. Lembro quando eu punha saias para ir a algum concerto, algumha vez levei algum grito de "maricom!" dalguém que se cruzou comigo. Parecia-me surprendente, mas acontecia.

Lembro quando cosia ponto de cruz em teia de panamá: um dia estava a ponto de entrar numha tenda para comprar um bastidor e uns fios, e topei-me com um colega, predicador da revoluçom anarquista. Quando me perguntou e lhe digem o que ía comprar e para que, a sua cara de flipe foi mui eloquente. É divertido ver como pessoas que manejam grandes ideias falham nos princípios mais básicos. Entom perguntou para que? Eu respondim, coser é mui relaxante. Ele dijo, para luitar contra o sistema capistalista opressor nom convém relaxar-se, ou algo assim. Eu respondim, daquela por que fumas tantos porros?, ou algo assim. Ficou de queixo caído... Esta é a mesma pessoa que um dia me viu com um livro que descrevia e comparava os sistemas jurídicos espanhol e británico, e me dijo que para que lia isso, que esse era o sistema que havia que destruir, ao que eu respondim que para destruir umha cousa primeiro tes que conhecê-la. Tampouco se soubo o que respondeu o velho...

Eu daquela nom sabia a que era devido, mas sim me parecia irónico que umha pessoa (agora falo em geral, nom de ninguém em particular) que di estar comprometida na construçom dum mundo melhor (por aglutinar dalgumha maneira companheiros de adolescência que se definiam como independentistas, anarquistas, comunistas, etc.) tivesse tam má hóstia e tanto empenho em ir-lhe dizendo à gente o que tem que fazer. E em Ferrol havia muita gente assi. Noutros lugares nom o sei, falo só do lugar em que eu crescim.

Voltando ao rego, nunca me importou escandalizar as pessoas, e mesmo me regozijo bastante sempre em provocar (sempre que nom me suponha nengum prejuízo grave a mim, claro, nem a elas). Parece-me que o simples feito de que alguém se poda escandalizar com um comportamento inóquo é umha boa justificaçom para provocar essa escandalizaçom. Mas acho que querer escandalizar ou provocar nom era a minha razom para fazer muitas cousas. A razom era simplesmente o desejo de provar cousas novas, sempre tentando que esse desejo, que todos podemos experimentar, nom se visse anulado por pré-conceitos irracionais do tipo "isso som cousas de mulheres". Sempre tentei questionar todo o que fago e o que nom fago, ainda que é evidente que é impossível (e também cansativo demais) submeter absolutamente todo a umha análise racional, e quantos mais anos temos mais difícil me resulta.

Diversofóbia

Esmendrelho-me quando alguém me di que vivemos num país moderno e civilizado. Por que, pergunto. Porque temos leis que reconhecem direitos e que acabam com discriminaçons históricas, respondem-me. Muito bem. Leis feitas por umha metade (grosso modo) da nossa classe política, é maravilhoso e um passo adiante importantíssimo para que este país e para que o mundo continuem mudando, mas que hai da outra metade, representante, em teoria, dumha metade da populaçom?

O principal partido da oposiçom, arroupado por diversos grupos, como algumhas associaçons cidadás e umha seita dogmática, dualista, machista, pretenciosa, intransigente e mui perigosa (e cada vez com menos seguidores, por sorte), continuam negando o reconhecimento às pessoas represalidas polo Franquismo, fazendo pressom para que o adoutrinamento religioso seja umha matéria escolar ao mesmo nível que as outras, desqualificando o matrimónio homosexual, entorpecendo o desenvolvimento das línguas que nom som o espanhol e das naçons que nom som ou nom querem ser a espanhola, etc., enfim, indo em contra de qualquer medida que favoreça a diversidade, a igualdade e a liberdade. Nem todo é mau, polo menos nom estam no poder e nom podem invadir países... é um consolo.

Lembro umha notícia na revista Lambda que dizia que as entidades católicas e conservadoras (eg. os bispos e o PP, quem senom) faziam pressom para que a nova matéria Educaçom para a Cidadania nom recolhesse a existência de famílias homosexuais, ou qualquer referência à "diversidade afectivosexual". Diria isso de "eles saberám o que fam" nas na verdade penso que nom o sabem. Tenhem medo e nem sequer sabem a quê. Uns predicam o amor, na teoria, e dim que deves amar o teu inimigo e o que único que conseguem é gerar ódio. E o PSOE fai o que pode, mas podia fazer muito mais. Penso que nom vamos por mal caminho, mas vamos a passo de boi.

Hoje lia em El País algo que as pessoas realistas já sabem que acontece, e que as pessoas "diferentes" experimentam em carne própria, mas que um nem sempre tem presente, porque nem sempre sai no diário e, quando um se fai adulto, passa a presenciá-lo com menos frequência ou com mais distância, polo menos no meu caso. Quando ainda nom és adulto, talvez nom tes a consciência e madurez suficientes para pensar que isso que passa nom teria que passar. E quando te fas adulto, esqueces ou pensas que já nom passa, que o mundo mudou, simplesmente porque já nom o ves, e porque a gente tende a confundir o reconhecimento jurídico de determinados feitos com o seu estatus real que tenhem na sociedade.

Acontece algo semelhante com o galego: meu pai, como exemplo de cidadao meio, pensa que já está todo feito porque já se ensina na escola, já se fala na tele e na rádio, já nom se persegue a quem o fala. Mas que segue a haver na consiciência das pessoas?

Em qualquer caso, igual convem nom queixar-se demais: sempre podíamos estar pior.

terça-feira, 13 de março de 2007

Trava-línguas

Someone sent this one some days ago ("sikh" is pronounced /si:k/ - from aspirated "kh" in Panjabi):

Q: What do you call a half-dozen Indians with Asian flu?
A: Six sick Sikhs (sic).

And Albert and I came up with this one today:

I cooked a chicken quiche in my kitsch kitchen.
[aɪ ku:kt ə 'tʃɪkən ki:ʃ ɪn maɪ kɪtʃ 'kɪtʃəŋ]

Onírico I

Este é o primeiro dos sonhos que hoje decidim anotar nada mais acordar pola manhã.

Resulta que numha espécie de festa, o Chisco me regalou umha camiseta translúcida que tinha duas aberturas em forma de olhal de botom em sentido horizontal à altura das mamilas. A camiseta vinha numha bolsa de plástico transparente, que era grande demais para umha camiseta mas que seria ideal para ir à piscina. Despois, resulta que eu trabalhava (o primeiro dia) numha tenda de roupa, e ao final da jornada o patrom pagava-me os 60 e pico euros, mas dava-me um bilhete de 5 libras británicas. Entom eu digo-lhe que, aproveitando que estou num banco, que mas cambie por euros. E o tipo saca-me umha bandeja com uns petiscos, que eram quadrados de tofu frixidos. Mui bom, mas nom me cambiava as 5 libras...

E aí acordei...

domingo, 11 de março de 2007

Imposiçom e bidireccionalidades

Que bonita a eloquência do senhor Gómez de Liaño quando di (as cursivas som minhas):

Recuérdese a Miguel de Unamuno cuando defendía con pasión que debíamos salvar, con «respeto y protección» -como rezaba la Constitución de 1931-, los idiomas de Rosalía y Maragall, pero que no se podía imponer un idioma a un español que no lo hubiese tenido como lengua materna, si no era el castellano, hablado por todos, usado por millones de hombres.
Às vezes vejo-me tentado de submeter discursos inteiros a umha análise de lógica de predicados de primeira ordem ;)

Nom sei o que quereria dizer Unamuno nem o que entenderá o senhor Gómez de Liaño, magistrado e advogado, mas o que eu (probe inhorante) entendo é que o castelhano é o único idioma que se pode impor a um espanhol que nom o tivo como língua materna. Lendo isso, nom parece surprendente que o espanhol seja a língua materna tanto de Liaño como de Unamuno. Suponho que na realidade onde pom "podia" deve-se ler "devia", mas na época de Unamuno (e hoje em certa medida também) é verdade que era o único que se podia impor, e de facto é o idioma que durante séculos se vem impondo aos bascos, galegos e cataláns que nom o tenhem como idioma materno.

E prossegue:
En España hay una Constitución lo suficientemente clara y sólida como para saber que el castellano es nuestra lengua común, que la lengua común de España es el español y éste la lengua común en todas las partes.
Tampouco parece surprendente que seja a "nossa" língua comum depois de que durante séculos os que sim a tenhem como língua materna no-la impugessem aos que nom. Claro, como eles som mais! Mas um momento de reflexom: realmente temos que ter umha língua comum? Está bem, nom digo que nom, mas considerando vantagens e inconvenientes (desde umha perspectiva histórica, e por histórica nom quero dizer 20 anos nim 100), pode resultar tam imcomprensível que haja quem nom queira? Tam ilegítima parece tal proposta? Como faram os belgas ou os suíços? Devem ter uns problemas enormes...

E prossegue:
El intento de sabotaje del pregón de Elvira Lindo, patrocinado por ERC y el acoso al deportista Samuel Eto o por querer hablar en castellano son dos nuevos excesos, propios de la predisposición de ánimo de esos independentistas radicales que pretenden, día sí, día también, dinamitar la convivencia y los pilares básicos de la nación española.
Se a convivência e os pilares básicos da naçom espanhola som que os que nom o temos como língua materna temos que deixar que nos imponham o espanhol sem que nos territórios que tenhem umha língua de seu podamos fazer o mesmo (como fai qualquer país soberano, por certo), pois tampouco é mui surprendente que haja "independentistas radicais" nem que queiram dinamitar essa "convivência".

Acontece que só a parte poderosa pode impor a sua língua. Mas quando hai um mínimo de democracia (por imperfeita que seja) o poder reparte-se entre quem o reclama e as partes menos poderosas passam a sê-lo mais e as que o eram mais passam a sê-lo menos, o que permite que os menos poderosos podam decidir até certo ponto quê se querem deixar impor e quê nom, e isso pode incomodar os que antes eram mais poderosos, o qual é lógico, porque quem tem poder nom gosta de perdê-lo (ainda que fosse ilegítimo), nem muito menos de ver que nom só já nom pode impor (tanto) o que antes sim podia senom que mesmo pode ser objecto da imposiçom inversa.

E respeito aos "sabotajes" e "acosos", nom tenho nada a dizer nem ninguém que defender, a nom ser que quando hai liberdade de opiniom e sensaçom de ser vítima dumha imposiçom, tende a haver desajustes. Ou como di ele, "excessos", mas muitas vezes tais excessos, longe de serem reais, som fabricados polos meios.

Ui, agora que reparo, que feio soa isso de dizer "língua de seu". Dizer "língua própria" tampouco soa melhor. Carai, nom porque nom o seja, senom porque dizer própria ou de seu parece como que implica que as outras (como o espanhol) nom som próprias, senom que vinherom de fora, como se nos invadissem os marcianos, ou que forom impostas, e implicar isso de "língua imposta" soa feio. Vou ter que procurar palavras novas para nom dinamitar nada da naçom espanhola.

To humanity through forums and lists

This is a weird feeling.

For all the little (or big) problems that sometimes arise in my daily work, I normally find the way out myself, either in books, if I've got the right one at hand, or in the Internet. But whenever I'm stuck and I can sort it out myself, I ask for help in a forum or a list.

Sometimes people make suggestions, which sometimes work, but sometimes don't. But always I feel wonder at the motivation to help that so many people have. Sometimes this is someone who wants others to be able to solve the problems they're having with the software they developed or released, so to a certain point it's reasonable that they do their best to provide (such informal form of) support.

But most of times, people subscribed to the list would be reading the mails and answering those about something they know about. This is something I get pleasure doing myself, maybe not such much on lists because there's nothing I know so much about that I'm likely able to help others (except perhaps for regular expressions), but still I like helping other and feeling useful. And still I get very moved whenever anyone helps me out (or tries to), whenever someone takes the pain of reading, thinking, replying and getting involved in someone else's problem. It's a bit like when I stop to think about all those who contribute to develop free software, that moves me a lot too.

When I solve my problem I get doubly moved, because I get very happy too, and probably I will have learned something. This is something that I feel like saying sometimes, in my replies, but I never do because it would be an off-topic (not allowed!) and because you don't know who's reading and what cultural backgrounds they have -- they might not understand what you mean, or might be uncomfortable (as when my mum tries to kiss me, auch!) or will probably think that you're a psycho :)

So here's where I air this state of mind of mine. Thank you all, so much. I am very grateful that such people exist, not only because they help me a lot, but because they make me feel human in a good way. Keep it up!

sábado, 10 de março de 2007

Prostituimento

Há muitas coisas no mundo sobre as que não tenho opinião ou não tenho uma opinião definida. Com muitas delas, não me incomodo. Não tenho uma opinião definida e ponto, não me tira o sono. Não se pode saber de todo. Mas com algumas questões, sinto um rebulir por dentro que não me deixa ficar parado, não podo evitar necessitar ter uma opinião formada e fundamentada, porque sei que dessa opinião dependerá a minha acção cidadã, o meu voto e essa reacção em cadeia de agitação de consciências que não começa em mim e que não deveria acabar em mim. A prostituição é um desses temas.

Isto é uma das melhores coisas (a nível divulgativo) que levo lido sobre o tema, e na verdade penso que inclina muito a balança cara ao lado do abolicionismo no dilema abolição versus legalização. Está escrito por gente da, recente e felizmente descoberta por mim, Associação de homens pela igualdade de género. Combina duas coisas necessárias para produzir uma análise correcta: por um lado, dados numéricos e, por outro, uma interpretação desde uma perspectiva global, humana e de género, pondo bem em destaque os dois assuntos chave: a prostituição é um problema de género (quer dizer, inerente à violência do patriarcado), porque se trata dum mercado controlado por homens e cujos demandantes são também maioriamente homens. O outro problema é que afecta às mulheres mais pobres.

Quantas vezes não terei ouvido que não há que ser paternalista com as prostitutas porque são mulheres grandinhas para tomarem as suas próprias decisões sobre como se querem ganhar a vida, ou que a prostituição afecta tanto a homens como a mulheres porque também há homens prostitutos, ou que há prostitutas de luxo que não ganham nada mal a vida e que não são vítimas de nengum tipo de maltrato, ou que (dito da sua própria boca) as prostitutas (ou o seu corpo) não são nenguma mercadoria que se venda ou alugue senão que são trabalhadoras que proporcionam um serviço a um cliente, ou mesmo aberrações como que a prostituição cumpre uma função social porque assi se evitam muitas violações como produto da insatisfação sexual de certos homens.

Pois o artigo recolhe dados como que mais de 90% das pessoas (das quais a marioria são mulheres e crianças) que são introduzidas cada ano na União Europeia acabam sendo vítimas de exploração sexual, ou que mais de 90% das pessoas prostituídas são mulheres. Este artigo deixa bastante claro que nada tem a ver a prostituta que sai no debate de televisão defendendo melhoras nas condições "laborais" das prostitutas com a imensa maioria de mulheres que são vítimas da trata de pessoas e que não tenhem quase nenguma possiblidade de decidir o seu futuro. Uma das coisas mais interessantes é a comparação entre os resultados obtidos nos países que obtarão por um modelo legalicionista, como a Holanda, e os que optarão por um modelo abolicionista, como a Suécia.

Vale a pena lê-lo (isso e muito mais).

quarta-feira, 7 de março de 2007

Pensemos nas igrejas!

Acabo de ler umha frase caralhuda, que me lembra o que dizia, acho que era, o maestro Ciruela, que nom punha deveres. Dizia que se à escola nom levas cousas da casa, como o mando da tele, a aspiradora ou a avoa, por que havias de levar cousas da escola para casa? Nom sei se a frase é dele mas vinha num mail que me enviou o meu colega Joko Stefanlari. If you don't pray in my school, I won't think in your church. Se nom rezas na minha escola, eu nom pensarei na tua igreja.

quinta-feira, 1 de março de 2007

friki

Jo sí que sóc un friki. Avui he anat a Continuarà, la botiga de dues plantes especialitzada en còmics de Via Laietana, on pots trobar de tot tipus de còmics, de manga, de ninots de G.I.Joe. Hi he anat i m'he comprat un Super López chachi piruli de tota la vida.