quinta-feira, 10 de maio de 2007

Se nom hai galego, nom hai contrato

E três anos depois, parece que as cousas começam a mudar e que as mudanças de maiorias no Parlamento tenhem efeitos na política da Xunta. Veja-se esta notícia de Vieiros: "Se non hai galego, non hai contrato". Parece-me umha das melhores notícias, no relativo á língua, no que vai de ano. Esse é o caminho.

O PP opujo-se à proposta porque di, segundo Vieiros, que hai que usar "o convencemento e nom a imposiçom". Dim-que hai que fazer reflexionar às empresas para que vejam que o galego também "é um negócio". É curioso que estes argumentos sustentem à perfeiçom o apoio à proposta, mas que o PP os use para justificar a sua oposiçom. Nom hai melhor maneira de "convencer" as empresas ou de fazer que elas "reflexionem" que pola via do negócio. O PP se calhar propunha enviar trípticos? Assi nos foi tantos anos!

Imposiçom? Nom a vejo por nengures. As operadoras som livres de fazerem o que lhes praza, ninguém lhes impóm nada. Mas o cliente também é livre de escolher conforme as suas preferências. Já veremos como se apressam todas a cumprir as condiçons por medo a que outra lhes passe por diante e consiga os contratos antes que elas. Em qualquer caso, sempre estamos às voltas com as mesmas merdas: nom à imposiçom por aqui, nom à imposiçom por alá. Como se as normas de trânsito fossem facultativas, ou a lei eleitoral, ou a lei de partidos, ou qualquer lei! Nom é lei sinónimo de imposiçom? Por mim todo bem enquanto seja a soberania popular, e nom os interesses empresariais, o que se imponha.

Estaria bem, para os efeitos de contraste, ver qual seria a posiçom do PP nas Cortes espanholas se Orange ou Vodafone só oferecessem os seus serviços em francês ou inglês (ou outras línguas, mas nom em espanhol) quando absorverom Amena ou Airtel, respectivamente. Custa-me crer, por muito laissez-faire que preconizem, que ficassem com os braços cruzados.

O PPdG revolve-me o estómago. Nom conheço piores pailáns, ainda que sejam "do birrete".

2 comentários:

Manuel Souto Pico disse...

Interessante ponto de vista que eu, talvez por ter umha visom demasiado mercantilista das cousas, nom considerar:

É, por outra banda, un erro estratéxico colosal pretender facer valer o poder económico da parte contratante para esixir o respecto dos dereitos lingüísticos...só os moi poderosos terían algo de éxito. Non é un problema que se residencie no dereito mercantil ou civil, senón no constitucional e internacional de dereitos humanos. Dito doutro xeito, non se trata de non contratar con quen non respecte o galego, senón de esixirlles a todas as operadoras de telefonía que o respecten, e contratar coa que, por outras vantaxes, máis conveña.

Anónimo disse...

Mais: http://www.conselleriaiei.org/ga/web/notic.php?ide=1011&pag=0