sexta-feira, 28 de dezembro de 2007

Titular: Cuinha ausente da votaçom final do monte Gaiás porque já nom estava vivo

Na verdade, às vezes à primeira vista nom sei em que língua estam escritas as notícias de Vieiros. Hoje a notícia principal, a estas horas, era a morte de José Cuinha, o ex líder boinista do PPdG, ex eterno golfinho de Fraga, sacrificado quando a maré negra do Prestige. E digo eu, que forte! Mas ao lado, vejo a notícia das declaraçons de Rajoy, que dixo dele que "cometeu muchísimos (sic.) máis acertos que equivocacións", nas palavras de Vieiros, e nom sei qual das duas notícias me parece mais forte. Será a inocentada deste ano? E talvez o muchísimos seja umha pista para que os leitores avezados reparemos na inocentada? Mas nom! porque no Galicia-Hoxe também sai esta notícia, e já seria de mais que os dous jornais nom só andem a brincar com a morte dos paisanos, senom que ademais estejam tam de acordo nalgo! :) Nom, nom hai dúvidas, A Nossa Terra também se fai eco da morte do político, assi que nom é inocentada, nom é por aqui que vam os burros, digo... os tiros. Entom os muchísimos nom forom à mão-tenta. Suponho que se deverom a um desliz do jornalista, que, trabalhando em Vieiros, imagino magnificamente preparado do ponto de vista lingüístico. Igual que estava cansado, seguro que trabalha de oito a ocho.

Caralho, estou-me sentindo já um pouco como o Monegal ou o inefável Juanjo de la Iglesia com o seu esquisito curso de ética periodística de CQC. Enfim, sinto fazer a oposiçom ao meu próprio partido, mas se nom fosse disto de que iria falar neste triste blogue? :) Tenhem má sorte, metem as cagadas sempre que me conecto para ler as notícias do dia. Mas parez que se decatam deseguida, de feito esta notícia já nom está. Nom comprendo por que preferem retirar a notícia em vez de corregi-la, mas enfim. Ainda bem que, como já sei que fam isto, me apressa-se a fazer umha captura de pantalha, que adjunto como prova documental :P

É gracioso ver como noutra notícia, de hoje mas nom actualizada (e publicada nom se sabe em que hora, por essa teima de Galicia-Hoxe de nom lhes pôr data e hora de publicaçom às notícias), que trata sobre o abandono de Tourinho do seu escano no Parlamento antes dumha votaçom sobre a Cidade da Cultura, se diz que "Cuínha tampouco assistiu à votaçom". Coitadinho, nom podia!

Por outro lado, nom sei, na verdade, que importância terá este outro feito (a estas alturas já nom sei nada...) mas também reparei que nos titulares de Vieiros e A Nossa Terra grafam bem o nome do difunto político, quer dizer, Cuíña, lido /ku-'i-ɲa/, com três sílabas e a segunda sílaba tónica, enquanto os de Galicia-Hoxe escrevem Cuiña, que talvez cumpra ler /'kuj-ɲa/, com duas sílabas, a primeira tónica e cum ditongo decrecente. Será por que os de Galicia-Hoxe nom som nacionalistas?? Ainda que a (pouca) qualidade lingüística dos meios de comunicaçom (nom só galegos) dê, em geral, para estarmos aqui a comentar dias e dias, neste caso talvez a falta do acento se deva nom só ao desconhecimento activo da norma ILG-RAG do galego senom também (ou principalmente) ao feito de na cabeça, na boca ou no ouvido da/o jornalista esta palavra já ter três sílabas de seu e de nom haver necessidade, pois, de desfazer nengum ditongo que aí se quixer vir a encontrar. Minha avoa dizia Ma-no-el, com três sílabas, e meu pai di ca-mi-om, com três, etc. É simplesmente umha reflexom. Cuñaaaaooooo!

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