quinta-feira, 24 de janeiro de 2008

Fachas, demagogia e incompatibilidades

Acabo de ler o artigo (ou carta ao director) titulado "Un giro de timón", publicado em ABC em novembro do ano passado e escrito pela presidenta de Galicia Monolingue (permita-se-me o pequeno escárnio, acho que merecido e legítimo, com o nome desta associação).

Permita-se-me, assim mesmo, por meio do destaque duma simples mas fulcral contradição, uma pequena crítica à perversa demagogia, por outro lado tão transparente, que pratica esta associação. Por um lado reclamam que o conhecimento do galego não seja requisito indispensável para aceder a um emprego público, quer dizer, para trabalhar na Administração (galega, entenda-se). Por outro lado, vêm a dizer, talvez como mostra de pretendida moderação, que o reconhecimento do galego como instrumento normal de comunicação entre a cidadania e a Administração (galega) em todos os âmbitos da vida oficial era e é um fim justo e desejável.

Se calhar há algum ponto que me escapa, mas eu não acabo de ver por nenhures como pode ser compatível o facto de uma pessoa (quem diz uma, diz muitas) poder aceder a um posto na Administração com o facto de eu ser administrado em galego, como é justo e desejável se assim eu o desejar, se se der a circunstância de que quem me administre seja essa pessoa que acedeu ao seu posto sem demonstrar que conhece (e talvez sem conhecer!) a língua em que é justo e desejável que a mim me atenda.

Fico por aqui...

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