domingo, 3 de fevereiro de 2008

Mais sobre Galicia Monolingue

Os de Galicia Monolingue argumentam que os professores do sistema educativo galego têm direito a não usarem o galego nas suas aulas, quer dizer, a ensinarem em espanhol, porque a Constituição garante o direito de todos os cidadãos a empregarem qualquer uma das línguas oficiais. Eu concordo nisso respeito da cidadania em geral (como para não concordar!), mas não no que respeita aos trabalhadores da Administração, sejam docentes, administrativos ou juízes. Os que temos a sorte ou o azar de termos que trabalhar por conta alheia, devemos assumir uma série de compromissos quando acedemos a um posto de trabalho concreto, variáveis segundo o posto e o patrão. Os funcionários (incluídos os docentes) são também trabalhadores dum patrão particular, a Administração, que, como qualquer outro patrão, pode impor (não quaisquer, mas sim) certas condições aos seus empregados. Neste caso as condições impostas são necessárias para que o resto dos cidadãos, os administrados, possamos usufruir os nossos direitos linguísticos (nomeadamente podermos usar o galego, que não inclui apenas a possibilidade de expressar-nos nessa língua mas também de sermos atendidos nela) quando somos administrados. Por isso os funcionários não são cidadãos correntes. Nestes momentos, para pôr um símil, enquanto a lei anti-tabaco não se endureza e se equipare a leis como as recentemente aprovadas em França ou Portugal, há trabalhadores de hostelaria que trabalham em estabelecimentos em que têm de respirar fume de tabaco, apesar de que a Constituição diz bem clarinho que todos os cidadãos temos direito à saúde. A mim no meu trabalho obrigam-me a levar um colete com as cores e o emblema da empresa: a Constituição penso que não diz nada sobre indumentária mas eu poderia arguir que se está vulnerando a minha liberdade individual de vestir-me como queira. Na verdade ninguém me obriga a ter esse trabalho, aceito-o livremente, com todo o que esse trabalho implica, vantagens e inconvenientes. Por que os funcionários haviam de ser diferentes?

Para mim os funcionários não são diferentes, devem aceitar as condições que, conforme a lei, comporte o seu trabalho. No caso da língua, a negação dum funcionário a utilizar uma das duas línguas oficiais é mui grave, já que, o discriminado não será ele, mas sim o serão muitos administrados. A Lei diz que os cidadãos galegos temos direito à que a Administração se dirija a nós na nossa língua: como podemos fazer efectivo esse direito se um funcionário se nega a usar o galego connosco? É evidente que aqui há um solapamento de direitos e de interesses que há que resolver dalguma maneira. Para mim está claro que o direito dos administrados implica uma obriga no administrador. E para legitimar que o galego seja a língua preferente da Administração galega só basta com citar a própria Constituição espanhola, que diz que o galego deverá ser "objecto de especial respeito e protecção" (e recalco "especial", que se refere a medidas de promoção das que não goza o espanhol).

Não todos somos iguais ante a Lei, nem podemos sê-lo. A Lei, na minha opinião, deve ser igual para aquelas pessoas que são iguais, mas não para o resto. Por exemplo, ainda que o delito seja o mesmo, as penas para um menor não são iguais que para um maior de idade. As circunstâncias de cada indivíduo condicionam o seu submetimento à Lei. Os funcionários, quando estão a trabalhar, são serventes do resto de cidadãos e por isso, em caso de solapamento, os direitos do resto da cidadania devem estar por cima de certos direitos seus, que devem ficar suspendidos, e servir ao cidadão é a sua obriga e portanto a língua a utilizar pode perfeitamente estar fixada nas condições desse serviço. Que passaria se se lhe exige ao trabalhador dum posto de turismo que fale inglês com os turistas que querem informação (e que possua ou adquira as competências para fazê-lo)? Seria razoável que o trabalhador que ocupe esse posto denuncie que se vulnera o seu direito constitucional a utilizar a língua espanhola simplesmente porque está em território espanhol? Pergunto-me se também protestariam se fossem jornalistas de Vieiros, de Galicia-Hoxe ou da TVG porque no seu trabalho têm de usar o galego. Se trabalhassem num liceu francês ou num colégio alemão protestariam por terem que usar o francês ou o alemão nas suas aulas? (não são perguntas retóricas). Outro caso, imaginemos uma pessoa que trabalhe numa escola, pública ou concertada, em que se implemente o modelo trilingue, como já se está a fazer em Baleares, com espanhol, língua própria do país e inglês, e que se fixasse (seja polo governo ou polo centro) que a disciplina que essa pessoa ministra (entre outras) tem de ser veiculada em inglês: essa pessoa teria que falar em inglês nas suas aulas, ainda que ensine matemáticas ou ciência ou o que for, e ademais teria que formar-se em inglês se o seu nível não fosse bom o suficiente. Nesse suposto, também denunciaria a conculcação dos seus direitos constitucionais por não poder dar as suas aulas em espanhol? Eu suponho que não, e de facto acho que terão muitos menos problemas (ideológicos, claro é) para darem aulas em inglês dos que terão em galego. Os funcionários (docentes incluídos) são cidadãos, certo, mas quando estão no seu posto de trabalho não exercem apenas de cidadãos, exercem de trabalhadores cujo trabalho é servir os outros cidadãos. Os de Tanga querem resolver esse conflito de direitos e interesses mediante a fórmula "yo y mi culo por encima de todo".

Para os de Tanga e Galicia Monolingue para trabalhar em galego há que ser galego-falante, e para ser galego-falante há que ser nacionalista radical e racista. Em Vieiros não o sei, mas na RTVG quanto pessoal não haverá que está aí porque a concorrência no mercado como profissionais da comunicação em espanhol é muito maior! Quantos futuros jornalistas galegos não terão escolhido fazer a carreira por galego e não por espanhol pela simples razão de que a RTVG é um empregador mais que provável se estão formados nessa língua e muito mais acessível que outros como a TVE! A mim parece-me mais bem que as pessoas que escolheram fazer a carreira em Santiago por galego não o fizeram por terem uma ideologia nacionalista rância e sectária, mas simplesmente pensando no que seria melhor para o seu futuro profissional. É mais, parece que, ante tal perspectiva, talvez seja por ter uma determinada ideologia (como a que têm em Tanga) que uma pessoa rejeite fazer a carreira de jornalismo por galego (a não ser que tenha pensado ir trabalhar noutro país). Ou seja, como hipotético jornalista que poderia ter sido qualquer das pessoas que integram Tanga e GB, uma de duas: a) teria rejeitado fazer a carreira por galego, por razões que eu não saberia explicar mas que iriam contra a lógica dessa profissão na Galiza, e em cujo caso provavelmente não teria acesso a um posto de trabalho na RTVG ou b) teria, como todo filho de vizinho, pensado no seu porvir e escolhido o que parecia melhor para o seu devir profissional. E nesse segundo caso, não é improvável que tivesse arranjado trabalho na RTVG. Parece-me uma maneira plausível de explicar por que uma pessoa trabalha num meio de expressão em galego sem apelar à qualquer ideologia expressa. O que quero dizer é que em muitos casos a língua de trabalho e o mercado no que uma pessoa decide competir tem muito pouco a ver com a sua ideologia. É sabido: primeiro o bandulho, depois o orgulho. Ou era ao revés? De facto, estou convencido de que muitas pessoas das que trabalham na RTVG não são especialmente galeguistas nem sensíveis à questão da língua. Era muito gráfico aquele quadrinho do Xaquín Marín em que o realizador dum programa de tv da TVG dizia "Atentos, ahora hablad en gallego que empezamos a grabar" ou algo assim. Em qualquer caso, pergunto-me se os de Tanga iriam tão longe como afirmar que as pessoas que trabalham pondo a voz (e talvez também a cara) na RTVG têm direito a protestar por ser vulnerado o seu direito "constitucional" a se expressarem em espanhol.

Enquanto ao decreto de galeguização do ensino, que é o que realmente critica Tanga (já que está formada por "padres e profesores"), pois o decreto não carece em absoluto de legitimidade porque o único que faz é aplicar o que já diz a Lei de Normalização Linguística, aprovada por todos os grupos no Parlamento galego. O que dizem os de Tanga é tanto como afirmar que os grupos políticos galegos não representam a cidadania.

A língua é um elemento de discriminação flagrante e muitas pessoas continuarão a pensar que não todos os espanhóis somos iguais enquanto um madrileno (por pôr um caso) possa ter acesso a TODO na sua língua mas um galego não. Poder-se-á pensar ou não que essa situação de desigualdade deve ser mudada, mas não se poderá negar essa situação. Também poder-se-á concordar ou não com que é preciso fazer algo (e.g. mudanças radicais) para frear a redução nas últimas décadas do número de falantes de galego, mas não se poderá negar essa redução. A dramática redução de galego-falantes não é espontânea nem se deve a factores intrínsecos da língua ou dos falantes, as pessoas não deixam de falar a sua língua porque sim ou porque essa língua tenha poucos falantes: na Letónia e na Eslovénia há menos habitantes que na Galiza e nem por isso os letões e os eslovenos deixam de falar as suas respectivas línguas. As causas de que um galego-falante lhe fale espanhol aos seus filhos (que é basicamente onde radica o problema) tem a ver com a desigualdade, agrávio comparativo, discriminação ou como se lhe prefira chamar que existe entre espanhol e galego. E dada essa situação parez claro que são necessárias, como pouco, políticas como a plasmada no devandito decreto. Criticá-las com a escusa de que a lei admite a possibilidade teórica de que se impartam em galego o 100% das matérias (o qual sempre seria porque assim o quer o centro: profes, AMPAS, etc.), parez-me, no mínimo, uma hipocrisia. O que eles propõem, o laissez-faire, é um ponto de vista legítimo, mas suponho que não pensariam assim se a língua minorada/em perigo de desaparição fosse a deles.

É certo que há que ter olho para que as vítimas não se convertam em verdugos, é verdade que adoita passar, poderia passar também aqui, mas de momento, se a minha perspectiva das coisas tiver um mínimo de objectividade, o certo é que, no grande geral, as vítimas não foram nunca, nem são agora, os espanhol-falantes. Insisto, no geral. Conheço uns poucos casos em que sim o são, mas conheço infinitamente muitos mais em que são os verdugos. Os espanhol-falantes que se creem vítimas unicamente o são da sua própria (e talvez voluntária) falta de compreensão do mundo em que vivem e das, digamos, razões ideológicas de fundo que sustentam a sua ideia da Galiza, do galego e de Espanha como estado em que o espanhol deve estar acima das outras línguas. Têm direito a ter essa ideia, mas afortunadamente essa ideia têm-na cada vez menos pessoas. O engraçado é que, por outro lado, os de Tanga pretende fazer-nos crer que eles não têm ideologia e que se regem unicamente pela razão, enquanto os nacionalistas é que "querem impor a sua ideologia". Se eles pensam que não há direito a que certos indivíduos tenham por lei que expressar-se em galego no seu trabalho é precisamente pela sua ideologia. As leis, assim mesmo, estão elaboradas por pessoas que respondem a um programa e plasmam uma ideologia. O conflito pois, é de raiz legal mas não deixa de ser ideológico também. Os nacionalistas, na verdade, o que querem não é impor a sua ideologia, valha-me Deus!, mas simplesmente aplicar a lei. A única razão que vale nesta questão é a razão da maioria e o único que se está a impor é a soberania popular, como deve ser: qualquer um tem direito à "pataleta", mas num sistema democrático, as coisas serão o que a maioria queiramos que sejam. E em qualquer situação de mudança, sempre há minorias insatisfeitas, é inevitável.

sábado, 26 de janeiro de 2008

quinta-feira, 24 de janeiro de 2008

No hi cap tothom

Això és flipant. Ho heu vist? La veritat, no m'esperava això de CiU. Fa mal a la vista:

La gent no se'n va del seu país per ganes sinó per gana. Però a Catalunya no hi cap tothom.

Haurien de dir també qui exactactament se n'hauria d'anar o qui no hauria de venir...

M'agradaria coneixer altres opinions, si són diferents de la meva millor. Vull dir, que estic obert a que m'ho expliquin.

Fachas, demagogia e incompatibilidades

Acabo de ler o artigo (ou carta ao director) titulado "Un giro de timón", publicado em ABC em novembro do ano passado e escrito pela presidenta de Galicia Monolingue (permita-se-me o pequeno escárnio, acho que merecido e legítimo, com o nome desta associação).

Permita-se-me, assim mesmo, por meio do destaque duma simples mas fulcral contradição, uma pequena crítica à perversa demagogia, por outro lado tão transparente, que pratica esta associação. Por um lado reclamam que o conhecimento do galego não seja requisito indispensável para aceder a um emprego público, quer dizer, para trabalhar na Administração (galega, entenda-se). Por outro lado, vêm a dizer, talvez como mostra de pretendida moderação, que o reconhecimento do galego como instrumento normal de comunicação entre a cidadania e a Administração (galega) em todos os âmbitos da vida oficial era e é um fim justo e desejável.

Se calhar há algum ponto que me escapa, mas eu não acabo de ver por nenhures como pode ser compatível o facto de uma pessoa (quem diz uma, diz muitas) poder aceder a um posto na Administração com o facto de eu ser administrado em galego, como é justo e desejável se assim eu o desejar, se se der a circunstância de que quem me administre seja essa pessoa que acedeu ao seu posto sem demonstrar que conhece (e talvez sem conhecer!) a língua em que é justo e desejável que a mim me atenda.

Fico por aqui...

Mensajes "casi" idénticos -Galicia Bilingüe-Galicia en Paridad

Quiero solidarizarme con la asociación Galicia Bilingüe por la campaña de humillación y desprestigio que está sufriendo. Esta asociación sin ningún apoyo mediático y sin ninguna posibilidad de que sus mensajes lleguen al gran público tiene que soportar los ataques que desde el nacionalismo excluyente se le hacen (sobre todo desde los diarios de La Coruña). Como presidente de Galicia en Paridad me solidarizo con sus dirigentes pues a nosotros nos ocurre lo mismo por defender un mensaje casi idéntico que a continuación resumo.

Nuestro objetivo es la defensa del macho ibérico. Denunciamos la deriva de nuestra nación, España, tras la aprobación de las leyes llamadas de igualdad.

En estos momentos a un hombre le es imposible tener un cargo de director general en la Administración, ser empresario o político, por estar estos puestos destinados a mujeres y tiene que pagar tres veces más impuestos. Nuestra asociación no niega la discriminación histórica de las mujeres pero tras más de cuatro milenios el reparto de roles en la sociedad está muy asentado y es un contrasentido que en el año 2008 intentemos que un niño juegue con muñecas y una niña con pelotas (atributo claramente masculino) o que un hombre sea amo de casa y una mujer albañil. Los hombres deben hacer cosas de hombres y las mujeres de mujeres.

Reclamamos, por último, nuestro derecho a por decidir que deben hacer nuestras mujeres. Las mujeres nos pertenecen a los hombres y no a la Administración.

En cuanto acabemos con las discriminaciones que sufren el castellano y los hombres, nuestro siguiente objetivo será la discriminación del hombre blanco y cristiano. La única civilización posible es la del hombre blanco cristiano y que hable castellano, como Dios manda.

Óscar Novás

Aparecido em La Opinión A Coruña. Boíssimo!!

quinta-feira, 3 de janeiro de 2008

Intoxicada por el cilindrín pestilente

Dicen que tienes veneno en la voz
y es que es el precio de chupar nicotina
y es que tendrías una boca divina
pero al besarte se me queda el sabor.

Y si esta noche quieres ir a bailar
vete olvidando la pose de fumadora
y vas a mandar el tabaco a la porra
porque si no yo no te paso a buscar.

Pero primero quieres ir a cenar
y me sugieres que te lleve a un sitio caro
será un lugar donde fumar sea lo raro
porque si no habré de salir a respirar.

Piensas que eres una bruja consumada
y lo que pasa es que estás intoxicada
y eso que dices que ya no fumas nada
pero me dicen por ahí, que sí, que sí,
que sí, que sí, y dicen dicen...

terça-feira, 1 de janeiro de 2008

Ceia de Ano Novo 2008

Para que as lembranças das diferentes Noites-Velhas da minha vida nom desapareçam confundidas entre si na noite dos tempos, passo a descrever em que consistiu a ceia de ontem e como transcorreu. Dias antes reservamos umha centola e um boi na peixaria. Ontem eu saía do trabalho às 16h e despois de comprar umhas revistas fum buscar o marisco e uns langostinos cozidos. Despois, em casa, puxem-no a cozer e puxem-me a fazer também uns pementos recheios de bacalhau, cebola, gambas, jamom serrano e bechamel, regados com nata e vinho branco.

De entrantes, tomamos um pouco de pam torrado com patés de pato à trufa negra, com um pouquinho de marmelada de mandarina, e os langostinos. De primeiro forom os pementos, que tenho que dizer que para ser a primeira vez que os fazia e para ser a primeira vez que fazia umha bechamel (e sem receita!) nom estavam nada mal. Se fosse a penésima vez também estavam mui bons :) De segundo, a senhora centola e o senhor boi. Digam o que digam, na verdade, eu quase prefiro o boi que a centola, será que som pouco fino. A mim tocou-me a centola e a Xovenca (nome fictício) tocou-lhe o boi. Saírom cheínhas! No meu respectivo crustáceo, eu fixem o caldinho de rigor com toda a carne e um pouco de vinho, que Xovenca nom quixo provar.

O vinho, por certo, também nada ruim, foi um Pazo de Barrantes, que também era a primeira vez que provava. Xovenca, no seu boi, foi escolhendo (com muitas penas e muita ajuda da minha parte) e foi juntando a carne e os corais, mas nom fixo caldinho. De sobremesa, turrom, turrom e turrom, cava e as uvas! E as mensagens nom paravam de chegar... todos os anos a mesma história :)

Este ano vai-me traer sorte...

sexta-feira, 28 de dezembro de 2007

O meu segundo texto memorizado em árabe

كل يوم، صباحا، تستيقظ صديقتي مريم باكرا، ثم تتوجه نحو الحمام لتستحم بالماء السخن أو البارد. بعد ذلك، تذهب إلى المطبخ حيث تحضر فطورها. عادة، تحضر عصير برتقال و شايا صينيا أحمر بالعسل. تأكل أيضا خبزا محمصا بالطماطم والملح والجبن. بعد الفطور، تلبس بهدوء وتخرج إلى الشارع. هناك، تركب الحافلة لتدهب إلى العمل. هي لا تسكن بعيدا عن العمل، ولكن تفضل أن تركب الحافلة لتصل في الوقت دائما. عندما تصل ، تتكلم قليلا مع المدير ثم تفتح باب مكتبها وتدخل. ظهرا، بعد أن تخرج من العمل، تذهب إلى مطعم قريب من الساحة الملكية. هناك، تتناول الغداء. أحيانا تتناوله وحدها وأحيانا تتناولة مع جميل أو جميلة. بعد الغداء، تذهب راجلة إلى معهد اللغات. في مقهى المعهد تشرب قهوة بالحليب دون سكر. ثم تتوجه نحو القسم لتدرس اللغة الفرنسية. هي تدرسها يومين في الأسوع. مساء، حين ترجع إلى منزلها، تستحم مرة أخرى ثم تعد عشاء خفيفا وتتناوله بينما تساهد التيليفزيون. بعد العشاء تدرس قليلا وتذهب إلى السرير. هناك تقرأ مجلة أو جريدة، أو تستمع إلى الموسيقى قبل أن تنام. هي لا تنام متأخرة أبدا إلا في آخر الأسبوع. في آخر الأسبوع تذهب إلى السوق وتسافر إلى قريتها جانب الذحر لتزور عائلتها وتستريح..

Titular: Cuinha ausente da votaçom final do monte Gaiás porque já nom estava vivo

Na verdade, às vezes à primeira vista nom sei em que língua estam escritas as notícias de Vieiros. Hoje a notícia principal, a estas horas, era a morte de José Cuinha, o ex líder boinista do PPdG, ex eterno golfinho de Fraga, sacrificado quando a maré negra do Prestige. E digo eu, que forte! Mas ao lado, vejo a notícia das declaraçons de Rajoy, que dixo dele que "cometeu muchísimos (sic.) máis acertos que equivocacións", nas palavras de Vieiros, e nom sei qual das duas notícias me parece mais forte. Será a inocentada deste ano? E talvez o muchísimos seja umha pista para que os leitores avezados reparemos na inocentada? Mas nom! porque no Galicia-Hoxe também sai esta notícia, e já seria de mais que os dous jornais nom só andem a brincar com a morte dos paisanos, senom que ademais estejam tam de acordo nalgo! :) Nom, nom hai dúvidas, A Nossa Terra também se fai eco da morte do político, assi que nom é inocentada, nom é por aqui que vam os burros, digo... os tiros. Entom os muchísimos nom forom à mão-tenta. Suponho que se deverom a um desliz do jornalista, que, trabalhando em Vieiros, imagino magnificamente preparado do ponto de vista lingüístico. Igual que estava cansado, seguro que trabalha de oito a ocho.

Caralho, estou-me sentindo já um pouco como o Monegal ou o inefável Juanjo de la Iglesia com o seu esquisito curso de ética periodística de CQC. Enfim, sinto fazer a oposiçom ao meu próprio partido, mas se nom fosse disto de que iria falar neste triste blogue? :) Tenhem má sorte, metem as cagadas sempre que me conecto para ler as notícias do dia. Mas parez que se decatam deseguida, de feito esta notícia já nom está. Nom comprendo por que preferem retirar a notícia em vez de corregi-la, mas enfim. Ainda bem que, como já sei que fam isto, me apressa-se a fazer umha captura de pantalha, que adjunto como prova documental :P

É gracioso ver como noutra notícia, de hoje mas nom actualizada (e publicada nom se sabe em que hora, por essa teima de Galicia-Hoxe de nom lhes pôr data e hora de publicaçom às notícias), que trata sobre o abandono de Tourinho do seu escano no Parlamento antes dumha votaçom sobre a Cidade da Cultura, se diz que "Cuínha tampouco assistiu à votaçom". Coitadinho, nom podia!

Por outro lado, nom sei, na verdade, que importância terá este outro feito (a estas alturas já nom sei nada...) mas também reparei que nos titulares de Vieiros e A Nossa Terra grafam bem o nome do difunto político, quer dizer, Cuíña, lido /ku-'i-ɲa/, com três sílabas e a segunda sílaba tónica, enquanto os de Galicia-Hoxe escrevem Cuiña, que talvez cumpra ler /'kuj-ɲa/, com duas sílabas, a primeira tónica e cum ditongo decrecente. Será por que os de Galicia-Hoxe nom som nacionalistas?? Ainda que a (pouca) qualidade lingüística dos meios de comunicaçom (nom só galegos) dê, em geral, para estarmos aqui a comentar dias e dias, neste caso talvez a falta do acento se deva nom só ao desconhecimento activo da norma ILG-RAG do galego senom também (ou principalmente) ao feito de na cabeça, na boca ou no ouvido da/o jornalista esta palavra já ter três sílabas de seu e de nom haver necessidade, pois, de desfazer nengum ditongo que aí se quixer vir a encontrar. Minha avoa dizia Ma-no-el, com três sílabas, e meu pai di ca-mi-om, com três, etc. É simplesmente umha reflexom. Cuñaaaaooooo!

sexta-feira, 21 de dezembro de 2007

bb

Venho pensando polo caminho que quando chegue a casa me vou lembrar de escrever tal ou qual genialidade no blog (genialidade para mim nesse momento, borracho como venho), e quando chego a casa nem sequer me lembro de que me tinha que lembrar de algo, mas quando finalmente me lembro de que me tinha que lembrar de algo nom consigo lembrar-me d que me tinha que lembrar e claro, entom começo a escrever isto por ver se me lembro disso que queria escrever, mas nom me dá vindo e já tenho muito sono assi que vou lamber outra culherada de doce de leite, lavar os dentes e meter-me em cama, a ver em que cama me meto. Estou mui borracho como para escrever isto sem faltas, é certo, fixem trampa, fum-no corregindo.

Jä me estou lembrando (a partir daqui nom voiu coorrregir mais) do que aera que auqriía contar. Que quando estás borracho (bom esta palavra corregim-na porque se nom nom se ia entender o que quero dizer) pois isso, quando estás borracho, mas nom borracho de todo, ou seja, que estás bastante borracho, mas nom estás tam borracho como para nom perceberes que todas as chorradas que dis por estares tam borracho tlvez nom lhe pareçam tam chorradas aos outros, porque (e eis a vantagem de emborrachar-se em grupo por aí) porque os outros também estám borrachos, como tu, e nom se vam enterara do que lhes digas, e se se enteram, nom se vam lembrar ao dia seginte. Nom sei se é qu nom estou suficientmente sóbrio ou sufientemente borracho.

Ainda assi, seguramente algumha marca lhes faraá Ao dia seguinte talvez nom se lembram, mas seguro que isso tem um efecto invsiível no seu subconsciente e umha mvez tras outra e mais outra , muitas repetidas, ainda que nom se lembrem, cacabam por condicionar essa pessoas, e ainda que nom saibam por que acabaraás por cair-lhes mal, e todo por nom calar a boca quando estás borracho, ainda que mal de muitos consuelo hazme la cena.

quinta-feira, 29 de novembro de 2007

O homem duplicado, p. 34

Há pessoas para quem é o mesmo aquilo que fizeram e aquilo que pensaram que teriam de fazer, Ao contrário do que julga o senso comum, as coisas da vontade nunca são simples, o que é simples é a indecisão, a incerteza, a irresolução, Quem tal diria

quinta-feira, 8 de novembro de 2007

Abelha e palmeira, quase homófonas

Estava a dar umha olhada agora neste maravilhoso dicionário ilustrado bilingüe catalão-árabe árabe-catalão. Com ele aprendim as minhas duas primeiras palavras em árabe: نحلة abelha e نخلة palmeira, que som quase iguais, excepto polo som central.

O que nom fagam os catalães!

O meu primeiro texto memorizado em árabe

هذه غرفتي. في هذه الغرفت شباك. الشباك آمام الباب وتحت الشباك سرير. هذا هو سريري. على يمين السرير، خزانة الملابس. بجانب الخزانة طاولة كبيرة وكرسيّ. فوق الكرسيّ حقيبة والى الطاولة الگبيرة آوراق. علی يسار السرير، طاولة صغيرة وعلیها مصباح.؟

sexta-feira, 2 de novembro de 2007

III Dia do Piom

O vindouro 9 de novembro é a data escolhida por Brinquedia para a celebraçom da 3ª ediçom do Dia do Piom (aka buxaina ou trompo, ainda que nom sei se os trompos nom seram apenas os pequenos que se bailam sem corda, que nom tenhem ferrom). Contactei com a pessoa que leva o tema aló para perguntar se sabia se se fazia algo por aqui, e a sua resposta foi que nom mas que estaria bem fazer algo. Ainda que a data de Brinquedia é o 9 (sexta-feira, suponho que porque se fai sobretodo em centros de ensino), acho que nós o vamos fazer coincidir com o tradicional Magusto galego de Les Planes. Um dos organizadores do Magusto pediu-me se podia me fazer cargo eu do jogo, eu podo ensinar a jogar como eu jogava de rapaz em Narom (ainda que suponho que hai muitas maneiras). A cousa era assi:

Fazia-se um círculo na terra, e o jogo consistia em bailar a buxaina dentro do círculo e esperar que saia. Som necessárias três cousas: que o piom toque dentro do círculo ao cair, que baile, e que quando acabe de bailar nom fique dentro do círculo (e nom se pode recolher a buxaina enquanto nom deixe de bailar). Se algumha destas três condiçons nom de cumpre (se dá fora, se nom baila, ou se fica dentro quando para de bailar), o jogador tem que "pochar", ou seja, tem que deixar o seu piom dentro do círculo (a nom ser que tenha umha vida, ver a seguir).

Os outros seguem jogando e tentam dar-lhe ao piom que pocha para tirá-la fora do círculo. O jogador que pocha tem que esperar a que o seu piom saia para poder seguir jogando. Se alguém lhe dá ao piom que pocha e a tira fora do círculo e cumpre as três condiçons, daquela acumula umha "vida". As vidas servem para nom pochar, ainda que hai quem prefere acumulá-las, quer dizer, nom é obrigatório gastar a vida quando che toca pochar. Pode haver várias pessoas pochando à vez.

Se alguém atira e dá num piom que está bailando no círculo ou que está pochando, independentemente de que o tire fora do círculo, pode acontecer que o faga escachar (por isso hai quem usa um piom fuleiro para pochar e o bom para jogar). Nesse caso, o jogador que quebrou o outro piom fica com o ferrom como trofeu. Por isso, melhor quando mais dura é a madeira da buxaina, porque é mais difícil de quebrá-la e quando lhe dam no pior dos casos fica só umha fochinha. Os ferrons podem ser de bola, de ponta de lança ou de duplo tope (os mais cotizados som estes últimos porque som mui estáveis e afiados à vez).

A ver se quando vaia por casa podo fazer umha foto dumha buxaina (de buxo de verdade) que tenho que me fixera um carpinteiro de perto das Casas da Marinha. Era umha gozada vê-lo trabalhar no torno. O ferrom é de aço feito na Bazan :)

domingo, 28 de outubro de 2007

Buzón de voz Siglo XXI

Hola, esto es un mensaje de promoción para mi nueva faceta profesional. Desgraciadamente me acaban de echar del lugar donde trabajaba hasta ahora, y la excusa es que soy alcóholico y que bebo en horas de trabajo. Así que he decidido que lo mejor que puedo hacer para sacar provecho a mis cualidades es montármelo por mi cuenta. He decidido lanzarme como bebedor profesional, a ver si consigo hacerme un huequito en el mercado. Trabajo como freelance, me especializo en cerveza y puedo trabajar muchas horas seguidas. Si me escucha alguien que regente un establecimiento con barra que acaba de empezar y le hace falta clientela, pues que se ponga en contacto conmigo y le puedo enviar mi currículum birrae. Bueno, pues nada eh, muchas gracias por la oportunidad, y salud!

اَلْعَرَبِيَّةُ ٢ (with vowelization)َ

أُقَدِّمُ لَكُمْ نَفْسي: اَنا آسْمي مَنويل. أَنا إِسْبانيٌّ مِن گَليسيا. أَنا گَليسيٌّ لَكِن أَسْكُنُ في بَرْشَلونة مَعَ صَديقتَيْنِ. أَنا مُتَرْجِمٌ وَأَمَلُ في آلْجامِعةِ. أَدْرُسُ آلْلُّغَةَ آلْعَرَبِيَّةَ وَآلْبُرْتُغالِيَّةَ في مَدْرَسةِ آللُّغاتِ

domingo, 21 de outubro de 2007

العربية ١

اسمي منويل. أنا من كليسيا لكن أسكن وأعمل في برشلون. أنا أدرس اللورت العربيه في مدرسة اللرات. أنا آسكن مر بنتآن من كليسيا

sexta-feira, 19 de outubro de 2007

Buzon de voz Siglo XXI

A ver, esto es un mensaje autorecordatorio, porque mañana me toca afeitarme y escucho la radio mientras tanto. Pues eso, Manolo (nombre ficticio), que te acuerdes de respirar por la boca, que siempres respiras por la nariz y se te mete la espuma de afeitar y luego tienes un montón de problemas de esos que tu tienes por las alergias, que se te irrita la mucosa y la hostia, y hasta acabas con catarros a veces. Pues eso, muchas gracias. Ah, y que te acuerdes que has quedado para comer con la Rebeca (nombre fictício), que vais al japonés.

Uniforme

Tão só eu
vestido às ordens
para ter a forma única
de mim mesmo.

sábado, 8 de setembro de 2007

Nazismo galego

Que despois nom nos estranhe que haja tantos fachas em Espanha (ainda que parte de culpa sempre a temos nós: Quin, caladinho estavas muito mais guapo). Ainda bem que nom desvelou que também levaram um mandilom com as cores da bandeira e que em primeiro de básica leram o Sempre em Galiza... O cuco cuco cuqueiro, o cuco cuco cucom, madrugom e cantareiro, cantareiro e madrugom!

Galicia Bífida

Hai um par de dias, lim a convocatória de Vigueses por la Libertad para a apresentaçom no Círculo Mercantil dum "manifesto contra la imposición lingüística", promovido pola associaçom Galicia Bilingüe (GB) com o objectivo de recolher assinaturas. Gostando de conhecer opiniões diferentes (mesmo contrárias) doutras pessoas, falei-no com um amigo galego, amigo espanhol-falante com quem em muitos outros temas (como os deveres lingüísticos do funcionariado galego, o fume de tabaco em lugares públicos, etc.) adoito discordar porque ele normalmente defende a liberdade individual por encima de, o que para mim é, o bem comum ou colectivo, ou interesse geral, ou como se lhe queira chamar, ou simplesmente dos direitos doutras pessoas (como o direito dos cidadãos e cidadãs galeg@s de sermos atendidos em galego por defecto pola Administraçom no nosso país). Eu pensava que lhes daria parte ou toda a razom aos "Vigueses por la Libertad" mas a verdade é que me surpreendeu. Nom me deu muitos detalhes mas parece que os aborrece quase tanto como eu, ainda que talvez devido mais à forma ("tufillo rancio", dixo) que aos supostos objectivos.

Esta associaçom, tal como partidos como o PP, Ciutadans e suponho que o novo partido dobradiça de Savater e Rosa Díez ou como plataformas como Tangallego... ou RadikalesLibres, defende a ideia que as línguas som das pessoas e nom dos territórios ou dos povos. Nem que dizer tem que negar a dimensom social das línguas é tam nécio como pretender dedicar-se ao comércio num quarto fechado ao resto do mundo sem janelas nem portas, porque, independentemente da sua dimensom individual, umha língua só pode existir como tal e só se pode adquirir e usar com base na interacçom com outros membros dumha comunidade lingüística, à semelhança dumha actividade comercial qualquer ou de qualquer jogo que nom seja um solitário (que é um jogo para quando nom hai ninguém com quem jogar) ou de qualquer relaçom sexual que não sexa exclusivamente auto-onanista (e é obvio que o desejo nom se experimenta normalmente polo próprio corpo senom por outros corpos). Alguém pode imaginar umha plataforma cidadã defendendo que nom hai que regular em absoluto um mercado nacional porque o comercio é das pessoas e nom dum país? Pois, pensando no que se pretende conseguir, para mim determinar por lei quantas materias ou horas como mínimo devem ser ministradas em galego nom é diferente de fixar por lei os salários mínimos interprofissionais, por exemplo.

O bilingüismo nom é o que de facto procuram (de propósito ou nom) em Galicia Bilingüe. É fácil ver por que: essa plataforma nasceu agora e nom durante todo o tempo em que o galego estivo marginado da educaçom pública, portanto o bilingüismo importa-lhes um caralho, o que querem é velar polos privilégios dos castelhano-falantes monolíngües na Galiza. Porém, o bilingüismo si é precisamente o que pretende assentar o Decreto de marras para a promoçom do galego no ensino, dado que visa simples e acertadamente desactivar o forte processo de substituiçom social do galego polo espanhol que se vem dando na CAG desde hai várias décadas (ou seja, só garantindo a sobrevivência do galego é possível garantir o bilingüismo social). Objectivo: frear a perda de galego-falantes. Meios: fazer do galego umha língua útil, necessária e de prestígio. Em troca, para observar o lugar que o galego deve ocupar em relação com o castelhano para esta associaçom, basta com aceder ao seu sítio web (Galicia Bilingüe), que está redigido em espanhol e galego, mas: mui significativamente, o galego aparece em cada página sempre por debaixo do castelhano, e por isso até que nom acabas de ler o texto em castelhano nom reparas em que o texto também estava em galego, quando o mais lógico (dum ponto de vista de defesa real do bilingüismo) é dar a escolha quando entras no sitio web ou que haja um botom. Di-me como dis as cousas e direi-che o que realmente pretendes.

Por outro lado, como é sabido, legalmente, a dia de hoje, unicamente existe o dever dos galegos de conhecer o castelhano (dever sancionado pola Constituiçom espanhola e velado polos tribunais). É evidentemente uma situação injusta e discriminatoria que se deve mudar. Curiosamente esta não é, que me conste, uma das reivindicações da plataforma Galicia Bilingüe, teoricamente a favor de um bilinguismo perfeito, simétrico e equilibrado, segundo eles dim. O que de verdade defendem, baixo o manto da reivindicaçom da liberdade individual e do bilingüismo, som os privilégios dos espanhol-falantes que moram e trabalham na Galiza e que nom querem ter que usar o galego nem sequer por exigências do guiom profissional, como no caso dos docentes do sistema educativo. Para a desesperança deles, a partir de agora, ser professor/a de certas matérias, implicará, esperemos, nom só dominar os conteúdos e a prática pedagógica, senom também dominar a língua propia da comunidade e estar disposto a usá-la. @s sóci@s de Galicia Bilíngüe podem-se negar e fazer objecçom de consciência, como se negam alcaldes/sas a casar gais, e talvez nos fagam um favor a tod@s: hai outros trabalhos.

quinta-feira, 6 de setembro de 2007

Que quede claro que era peruano...

Que coisas. Observe-se a diferença na redação do titular desta informação em Vieiros ("Buscan un mariñeiro que caeu ao mar cando faenaba preto de Corrubedo ") e em La Coz de Galicia ("Desaparece un marinero peruano al norte de Corrubedo al caer al mar "). Deixando claro em primeiro lugar que eu o ignoro todo de jornalismo, mas que me considero um leitor competente: que é o importante desta notícia? Facto? Que um marinheiro caiu ao mar. Onde? Em Corrubedo. Quando? Recentemente, sem determinar. Consequência? Que não aparece e que ainda o estão a procurar. Que caralho importa de onde seja ou deixe de ser o marinheiro? Faenava num barco galego, o qual justifica que a notícia seja coberta por um meio galego, ponto. Que sentido teria, por exemplo, o seguinte titular: "Desaparece un marinero de 40 anos al norte de Corrubedo al caer al mar"?

segunda-feira, 3 de setembro de 2007

Nhaca nhaca

He descobert que sóc odaxelàgnic.

quarta-feira, 15 de agosto de 2007

...

Hoje não tenho nada a dizer.

quarta-feira, 25 de julho de 2007

segunda-feira, 23 de julho de 2007

Outra citação, hoje de Lynn Lavner :D

"The Bible contains 6 admonishments to homosexuals and 362 to heterosexuals. This doesn't mean that God doesn't love heterosexuals, it's just that they need more supervision"

sexta-feira, 20 de julho de 2007

domingo, 15 de julho de 2007

xinelo na Wikipedia

Hoje, à procura de referências da Academia das Ciências de Lisboa à AGAL, fum dar por acaso numha página de discussom das normas da Wikipedia, e comecei a ler umha contribuiçom que falava de mudar umha norma por ser parcial e inexacta. Pareceu-me que a contribuiçom estava mui bem escrita e argumentada :D Figem umha leitura meio diagonal mas ao chegar ao final reparei em que estava assinada por xinelo! Mas se está escrita por mim! E nom me lembrava de ter escrito aquilo todo... foi quando me registrei na Galipédia. Que cousas!

Pareceu-me curioso lembrar a maneira de escrever em galego que tinha eu hai dous anos.

Nunca me metim muito no funcionamento da Wikipedia, apesar de ter feito contribuiçons de vez em quando. Ou seja, que nunca seguim até o final na minha reivindicaçom, tampouco era tam importante, mas mesmo tivem duas adesons! ;)

sábado, 14 de julho de 2007

Alcachofa

Acabo de descobrir o sítio web dum grupo de homes de Catalunya. De momento parece que ainda estam criando os conteúdos, porque hai algumhas ligaçons que levam a páginas vazias ("em construçom"), mas promete. Chama-se Alcachofa, grup d'homes contra el sexisme i el patriarcat.

terça-feira, 3 de julho de 2007

sexta-feira, 29 de junho de 2007

segunda-feira, 18 de junho de 2007

La llorona de Los Ángeles (Rebeca del Río)

Yo estaba bien, por un tiempo, volviendo a sonreír.

Luego anoche te vi, tu mano me tocó y el saludo de tu voz. Te hablé muy bien, y tú sin saber que he estado llorando por tu amor. Llorando por tu amor. Luego de tu adiós, sentí todo mi dolor. Llorando por tu amor.

Llorando, no es fácil de entender que al verte otra vez yo esté llorando. Yo que pensé que te olvidé, pero es verdad, es la verdad, que te quiero aún más, mucho más que ayer. Dime tú que puedo hacer. No me quieres ya. Y siempre estaré, llorando por tu amor.

Llorando por tu amor. Tu amor se llevó, todo mi corazón, y quedó llorando. Llorando.

sexta-feira, 8 de junho de 2007

Tot alhora

Combinar com a minha amiga a Maria, que està de visita; ir com o Brais e a Sónia comprar o agasalho para a Vero, que està de aniversário; ir comprar
com a Estel·la, a Mesalina e a Neus o agasalho para a Inés, que também está de aniversário; ir ao simulacro da apresentaçom do projecto de tese da Marcela, que apresenta na segunda; preparar o exame de catalão que tenho manhã bem cedo... E seguro que hai mais algumha cousinha por aí que me esquece que também tenho que fazer nestes momentos. E estou doente, cansado, feble e com sono. Manda caralho!

segunda-feira, 21 de maio de 2007

terça-feira, 15 de maio de 2007

bUSCatermos

Disque acaba de ser publicado o bUSCatermos. Apresso-me a usá-lo, a ver que tal vai. A minha primeira procura foi rato, e a resposta foi esta:

Microsoft OLE DB Provider for ODBC Drivers error '80040e31'
[Microsoft][ODBC SQL Server Driver]Terminó el tiempo de espera
/buscatermos/xanela3.asp, línea 81

Voltei a provar e igual. Enfim, decidim provar com outro navegador, porque talvez com o Camino a cousa nom vai bem. Efectivamente, com o Safari funciona. Entom a minha segunda procura foi navegador para ver qual é a equivalência em português. Oh oh, mas a resposta foi esta:

gl: navegador
es: navegador Web; visualizador Web; explorador Web; hojeador Web
en: Web crawler; Web worm; Web spider; Web browser
fr: chercheur Web; explo Web; explorateur Web
it: esploratore Web
ca: explorador web; navegador web; aranya
Nom hai português :( Però hi ha català :) A minha terceira procura foi cercador, porque se pode procurar em qualquer língua, nom apenas em galego: A resposta foi esta:
gl: ciberguerreiro
es: ciberguerrero; infoguerrero
en: information warrior
fr: cyberguerrier
it: cibermiliziano
ca: cercador d'informació
Humm, curioso. Que caralho é isto? Indo ao fácil, a minha quarta procura foi buscador e a resposta foi esta:
gl: buscador ; motor de busca
pt: mecanismo de busca; mecanismo de pesquisa; search engine
es: máquina de búsqueda; sistema de búsqueda
en: search engine
fr: moteur de recherche
it: motore di ricerca
ca: motor de cerca
Em catalão motor de cerca, mas eu pensava que em catalão se dizia cercador. Será que o dizia mal? Mirando no Cercaterm, reparei que efectivamente o termo preferente é cercador , ainda que motor de cerca é um sinónimo complementario. Mas em qualquer caso o termo preferente nom vem no bUSCatermos.

Seguro que tivem má sorte e a maioria das consultas se tivesse necessidades reais seriam mais certeiras (ou pareceriam-mo a mim, talvez, porque normalmente tenho mais necessidades sobre temáticas que conheço pouco, e é mais fácil vender-me gato por lebre).

Em qualquer caso parabéns à gente que está detrás deste recurso. Com todas as lógicas eivas que poda ter, polo menos é acessível. Do Termigal ainda sigo à espera de algo que nom sejam consultas telefónicas ou polo correio.

Rua Sésamo - Canção da Campaínha

.gal

Esta web apoia á iniciativa dun dominio galego propio (.gal) en Internet

domingo, 13 de maio de 2007

Concertos

11/05/07 Barcelona: Rosa Zaragoza, Nordestin@s, Mercedes Peón. 12/05/07 Barcelona: Dumbala Canalla, Berrogüetto.

Calças de nom quita e pom pom

Às vezes perguntam-me por que nom me mudo nunca de calças. Nom é certo, o que passa é que passo muito tempo com as mesmas calças, porque lhes colho carinho, mas mudar mudo-as de vez em quando, quando estam sujas. Talvez o conceito de estar sujo seja diferente para mim que para as pessoas que me perguntam aquilo, pode ser. Home, por umhas manchinhas de nada, qual é o problema? Ademais, chega um momento em que a sujeira nom deixa ver as manchas, entom todo bem. As minhas calças som dessa cor indefinida, sim, que tu nom conheças essa cor nom significa que eu seja um porco.

Hai umha razom para todo. Por exemplo, mudar-se de calças para mim supom um transtorno para o meu normal desenvolvimento no mundo. Eu tenho muitas virtudes, tenho de dizer-mo eu a mim mesmo porque é certo e porque é necessário para a minha auto-estima, e já se sabe, sem auto-estima um nom vale para nada. Mas também tenho defeitos, quem o nega, e essas virtudes nom incluem a capacidade de passar todos os obxetos dos bolsos dumhas calnças usadas para umhas por usar.

Um exemplo: Hoje fum ao supermercado três vezes. Umha, pim pam, vou ao supermercado, lalaralalala, vou comprar gelado, lalaralalá. mas ao chegar à porta do estabelecimento, ai ai, tenho que voltar a casa porque esquecim a lista da compra e sem lista da compra nom hai compra. Outra volta: pim pam, vamos ao supermercado, agora levo a nota, laralalala, mas eis que chego ao supermercado e cagondiola, agora deixei o dinheiro e os sucedáneos de cartom, e despois de descartar ficar a fiar volto para casa para colher os quartos e, agora sim, cheio de confiança, volto ao supermercado e fago a compra. Sim!

Todo isto nom teria passado se nom tivesse mudado as calças. Já sei que é complicado para que o entendam os demais, mas todo tem a sua razom. Igual é de família, porque meu pai dizia que nom mudava os galhumbos porque se estavam limpos já nom sabia qual era o direito e qual o invés :) Isto foi que foi assi, e pode ser outra vez, e tal como passou comigo, assi pode ser contigo...

quinta-feira, 10 de maio de 2007

Esperanto I

Mi estas Manuel. Mi devenas de Galegio, sed mi loĝas kaj mi laboras en Barcelona, en Katalunio. Mi loĝas kun du knabinoj de Galegio.

Se nom hai galego, nom hai contrato

E três anos depois, parece que as cousas começam a mudar e que as mudanças de maiorias no Parlamento tenhem efeitos na política da Xunta. Veja-se esta notícia de Vieiros: "Se non hai galego, non hai contrato". Parece-me umha das melhores notícias, no relativo á língua, no que vai de ano. Esse é o caminho.

O PP opujo-se à proposta porque di, segundo Vieiros, que hai que usar "o convencemento e nom a imposiçom". Dim-que hai que fazer reflexionar às empresas para que vejam que o galego também "é um negócio". É curioso que estes argumentos sustentem à perfeiçom o apoio à proposta, mas que o PP os use para justificar a sua oposiçom. Nom hai melhor maneira de "convencer" as empresas ou de fazer que elas "reflexionem" que pola via do negócio. O PP se calhar propunha enviar trípticos? Assi nos foi tantos anos!

Imposiçom? Nom a vejo por nengures. As operadoras som livres de fazerem o que lhes praza, ninguém lhes impóm nada. Mas o cliente também é livre de escolher conforme as suas preferências. Já veremos como se apressam todas a cumprir as condiçons por medo a que outra lhes passe por diante e consiga os contratos antes que elas. Em qualquer caso, sempre estamos às voltas com as mesmas merdas: nom à imposiçom por aqui, nom à imposiçom por alá. Como se as normas de trânsito fossem facultativas, ou a lei eleitoral, ou a lei de partidos, ou qualquer lei! Nom é lei sinónimo de imposiçom? Por mim todo bem enquanto seja a soberania popular, e nom os interesses empresariais, o que se imponha.

Estaria bem, para os efeitos de contraste, ver qual seria a posiçom do PP nas Cortes espanholas se Orange ou Vodafone só oferecessem os seus serviços em francês ou inglês (ou outras línguas, mas nom em espanhol) quando absorverom Amena ou Airtel, respectivamente. Custa-me crer, por muito laissez-faire que preconizem, que ficassem com os braços cruzados.

O PPdG revolve-me o estómago. Nom conheço piores pailáns, ainda que sejam "do birrete".

sexta-feira, 4 de maio de 2007

Searching a new home for the Galizan rags...

Recentemente escribín unha mensaxe a Estratexia Galega da Sociedade da Información:

Boas,

Até hoxe o meu traballo está accesíbel na rede, no enderezo http://dvtg.f2o.org. Hai poucos días recibín unha notificación da empresa que me cede a hospedaxe gratuita advertindo de que en breve deixarán de proporcionar ese servizo e que as páxinas que se benefician del deberán buscar outro servidor.

Gustaríame saber se que maneira me podedes axudar. Necesito encontrar un novo servidor e contratar un novo dominio.

Grazas!
A resposta foi:
Estimado amigo:

Polo que nos fas constar tratase dunha iniciativa particular. Lamentamos comunicarche que neste momento non existe ningún tipo de axuda para a realización ou hospedaxe de páxinas web para particulares.

Pero despois de botarlle unha ollada a túa páxina cremos que é unha idea interesante, así que che recomendamos que trates de poñerte en contacto con entidades como bla bla bla...

Outro xeito polo que podes conseguir hospedaxe, que soe custar uns 30 euros/ano, é introducindo publicidade na páxina.

Recibe un cordial saúdo.
Chámame a atención que o criterio principal para formar parte da sociedade da información, de acordo coa "estratexia galega", non sexa a calidade e interese do proxecto senón se un é ou non un particular. En fin, polo menos responderon.

sábado, 28 de abril de 2007

Estat propi (ca.) > ? (gl.)

Sempre m'havíen dit que no sempre hi ha equivalents paral·lels entre dues llengües, però és curiós com "persones que volen la independència dels Països Catalans" es tradueix en gallec com "persoas favorábeis á autodeterminación dos Países Cataláns".

Igual que contar en galego (por exemplo, una història, un acudit, etc.) es diu explicar en català, o igual que ficar en català es diu meter en gallec i ficar en gallec es diu quedar en català, potser el verb voler en gallec en realitat no és querer, que seria per tant una mena de fals amic, sinó que una estricta equivalència semàntica requeriria un sintagma: ser favorábel a. Curiós, curiós. Ja se sap que en gallec les coses es diuen d'una altra manera i que els gallecs parlen com a dones, o sigui, mitigant qualsevol afirmació... etc. O sigui, en la seva cosmovisió particular, els gallecs no volen alguna cosa, sinó que hi són favorables :)

Però molt més crida l'atenció que tradueixin independència per autodeterminación. Llavors jo estava equivocat, suposo que algú m'havia confós. Però si independència en gallec es diu autodeterminación, em pregunto com es dirà autodeterminació en gallec i, alhora, que voldrà dir la paraula independencia en gallec. Ai ai, quin batibull!

Manipulació? Ignorància? Por? Llicència periodística?

Cerveza-beer

Ahir quan sortíem de ballar swing al Big Bang vam trobar un venedor de cervesa i vam aturar-nos a parlar amb ell, com hem fet tantes altres vegades, perquè en general són gent molt amistosa i perquè sempre és un plaer parlar amb aquesta gent.

Era punjabí, i ens contava que ell no volia treballar venent cerveses però que no tenia papers, també el tema de sempre. Que tenia una empresa i que havia treballat aquí, en la construcció, però que no li havíen pagat.

Segur que per a ell no és cap novetat que la gent pel carré li mostri el seu suport i la seva empatia, com feiem nosaltres, no ho sé. I segur que li agrada molt que la gent parli amb ell i que no sigui simplement un dels pakis de les llaunes. Però em pregunto que pensarà quan algú ho fa però tot i això se'n va sense haver-li comprat la cervesa-beer, com vam fer nosaltres...

quarta-feira, 25 de abril de 2007

terça-feira, 3 de abril de 2007

Dear Nancy and Joseph,

We would like you to accept this humble present, in prove of our deepest gratitude, although we are aware that it does not do justice to your great hospitality, kind generosity and friendliness.

These days have been wonderful for us and thanks to you a piece of Lebanon will remain in our hearts forever (as well as we hope to leave a piece of ourselves with you).

Please make sure that you give use the opportunity to make you feel at home in our place one day.

شكرا كثيرا!

يستيلا، إناس ومنويل

sexta-feira, 30 de março de 2007

Geek desconhecido diz...

"Há 10 tipos de pessoas no mundo: os que conhecem código binário, e os que não."

quinta-feira, 29 de março de 2007

terça-feira, 27 de março de 2007

Hel País


Cada dia me se pone más la canne de gallina con las notisias de Hel País. Véase esta, donde lo hinsólito no es la facha de muger mal tratada de la Condi, sinó que las cosas deben estar tan mal en Jerusalém que el periodista que la escribío no tenía ni un mísero correztor ortográfico que llevarse a la letra. Foto azjunta como prueva para la pos-teridad.

sexta-feira, 23 de março de 2007

neologismos e palavros

currojimenizar-se: di-se de alguém que deixa crescer umhas patilhas com forma de costeleta.

embailentonar-se: di-se quando a gente está fria e nom se atreve a sair a bailar as primeiras peças, despois com o vinho ou o licor café já se vai quentando a cousa e mais tarde ou mais cedo a gente bota-lhe valor e sai a bailar. Ex: "Já nos embailentonamos!". Nota: esta é meio minha ;)

alcoholidays
: di-se em inglês das férias em que se bebe muito. Nota: esta eu pensava que era nova pro resulta que Google dá quase 2000 ocorrências.

tecolotecolotear: di-se da acçom de golpear repetidamente as teclas do teclado para escrever no computador. Nota: a versom em català foi umha das palavras ganhadoras dum concurso de neologismos. Ex: Nesta sala trabalham muitíssimo. Quando passas escuita-se como tecoltecoloteam. Devo reconhecer que este neologismo nom é meu, creio que o lim numha obra de Carlos Caneiro, talvez Un xogo de apócrifos.

falicidades!: é como os parabéns ditos polo santo, polo aniversário, polo natal, etc. mas para che desejar muita actividade sexual na que haja um falo de por meio. Variante: falocidades.

felacidades!: esta também é como os parabéns e como a anterior (ainda que menos usada) mas para desejar muitas lambidas.

onaçom e penetencia: estos som dous pecados pecadíssimos que o cura nunca che manda.

penedrive ou penetrive (dito [penedraif] ou [penetraif]): isto é um trebelho que se usa como memória de datos e que normalmente penetra polo porto USB.

any sabatic: això és una estada a l'estranger fent sabates durant un any.

aforreis: di-se quando encontras gente no ano novo que te vê com algo novo que pensa que che regalarom mas na verdade comprache-o tu só com muito esforço e sacrifício. Entom dim-che "Forom os reis?" e tu respondes "Que reis, forom os aforreis!"

chátchara: isto é o trebelho esse para falar por Internet, hai-no de vários tipos: Jabber, Gtalk, MSN Messenger, Yahoo! Messenger, etc.

frenilíngüis: hummm...

apernar: dar umha aperta a alguém mas com as pernas em vez de com os braços, colocar as pernas arredor do corpo de alguém

jantança: reuniom em que as pessoas se juntam para comer

terça-feira, 20 de março de 2007

Click here to download your lunch

Hai um par de dias esquecim o jantar na casa. Estou desejando que a informática avance mais para que se poda descarregar o jantar de Internet. Haverá sítios web com bufé livre, onde baixavas todo o que queiras por um preço único, e outros em que pagas só por cada prato virtual. E por suposto podera-se baixar com o emule a comida que comparte outra gente. Depois o teu computador comunica-se por bluetooth com umha impressora 3D que sintetiza os nutrientes com mais ou menos sal segundo a tenhas configurada. E para transportá-la e imprimi-la noutro lugar, mete-la no tuper-drive USB, que os haverá dum montom de gigas (nom sei a quantos gramos equivalerá um giga, mas decerto que caberá um monte de comida). Terá a vantagem de que a comida nom se estraga, aguanta um montom de tempo no disco rígido ou no tuper-drive. O ruim suponho que será o spam, nom quero nem pensar que te has de encontrar quando estejas mastigando...

Estaria bem, seguro que nem com isso acabava a fame do mundo...

Deutsch I

Ich heiße Manuel. Ich komme aus Galicien, aber ich wohne und arbeite jetzt in Barcelona, in Katalonien. Ich wohne mit zwei Mädchen aus Galicien.

sexta-feira, 16 de março de 2007

Palabras que acaben en -esco

dantesco, quijotesco, gigantesco, grotesco, carnavalesco, pintoresco, novelesco, parentesco, principesco, goyesco, Unesco, pesco, Francesco, Ionesco, romesco, madrigalesco, leonardesco, simiesco, trovadoresco, versallesco, plateresco, picaresco, libresco, rocambolesco, oficinesco, detectivesco, cervantesco, churrigueresco, petrarquesco, caballeresco, canallesco, burlesco, cuesco, refresco, fresco, arabesco


2008.05.10 piterpanesco 

Expresso a minha nom-conformidade!

Nom é que pretenda comparar ou equiparar a minha experiência à das pessoas que sofrem ou sofrerom discriminaçom ou violência por serem gais ou lesbianas ou outra cousa heterodoxa, mas penso que os dous tipos de experiências se devem ao mesmo tipo de pré-conceitos e som causadas pola mesma maneira de entender a masculinidade e a sexualidade ou o ser humano em geral. Ademais, por sorte, eu sempre gozei de liberdade na minha casa para fazer o que me apetecesse. Havia outros problemas, como a hora de chegar, ou a sobre-protecção, mas isso é farinha doutro saco. Lembro quando eu punha saias para ir a algum concerto, algumha vez levei algum grito de "maricom!" dalguém que se cruzou comigo. Parecia-me surprendente, mas acontecia.

Lembro quando cosia ponto de cruz em teia de panamá: um dia estava a ponto de entrar numha tenda para comprar um bastidor e uns fios, e topei-me com um colega, predicador da revoluçom anarquista. Quando me perguntou e lhe digem o que ía comprar e para que, a sua cara de flipe foi mui eloquente. É divertido ver como pessoas que manejam grandes ideias falham nos princípios mais básicos. Entom perguntou para que? Eu respondim, coser é mui relaxante. Ele dijo, para luitar contra o sistema capistalista opressor nom convém relaxar-se, ou algo assim. Eu respondim, daquela por que fumas tantos porros?, ou algo assim. Ficou de queixo caído... Esta é a mesma pessoa que um dia me viu com um livro que descrevia e comparava os sistemas jurídicos espanhol e británico, e me dijo que para que lia isso, que esse era o sistema que havia que destruir, ao que eu respondim que para destruir umha cousa primeiro tes que conhecê-la. Tampouco se soubo o que respondeu o velho...

Eu daquela nom sabia a que era devido, mas sim me parecia irónico que umha pessoa (agora falo em geral, nom de ninguém em particular) que di estar comprometida na construçom dum mundo melhor (por aglutinar dalgumha maneira companheiros de adolescência que se definiam como independentistas, anarquistas, comunistas, etc.) tivesse tam má hóstia e tanto empenho em ir-lhe dizendo à gente o que tem que fazer. E em Ferrol havia muita gente assi. Noutros lugares nom o sei, falo só do lugar em que eu crescim.

Voltando ao rego, nunca me importou escandalizar as pessoas, e mesmo me regozijo bastante sempre em provocar (sempre que nom me suponha nengum prejuízo grave a mim, claro, nem a elas). Parece-me que o simples feito de que alguém se poda escandalizar com um comportamento inóquo é umha boa justificaçom para provocar essa escandalizaçom. Mas acho que querer escandalizar ou provocar nom era a minha razom para fazer muitas cousas. A razom era simplesmente o desejo de provar cousas novas, sempre tentando que esse desejo, que todos podemos experimentar, nom se visse anulado por pré-conceitos irracionais do tipo "isso som cousas de mulheres". Sempre tentei questionar todo o que fago e o que nom fago, ainda que é evidente que é impossível (e também cansativo demais) submeter absolutamente todo a umha análise racional, e quantos mais anos temos mais difícil me resulta.

Diversofóbia

Esmendrelho-me quando alguém me di que vivemos num país moderno e civilizado. Por que, pergunto. Porque temos leis que reconhecem direitos e que acabam com discriminaçons históricas, respondem-me. Muito bem. Leis feitas por umha metade (grosso modo) da nossa classe política, é maravilhoso e um passo adiante importantíssimo para que este país e para que o mundo continuem mudando, mas que hai da outra metade, representante, em teoria, dumha metade da populaçom?

O principal partido da oposiçom, arroupado por diversos grupos, como algumhas associaçons cidadás e umha seita dogmática, dualista, machista, pretenciosa, intransigente e mui perigosa (e cada vez com menos seguidores, por sorte), continuam negando o reconhecimento às pessoas represalidas polo Franquismo, fazendo pressom para que o adoutrinamento religioso seja umha matéria escolar ao mesmo nível que as outras, desqualificando o matrimónio homosexual, entorpecendo o desenvolvimento das línguas que nom som o espanhol e das naçons que nom som ou nom querem ser a espanhola, etc., enfim, indo em contra de qualquer medida que favoreça a diversidade, a igualdade e a liberdade. Nem todo é mau, polo menos nom estam no poder e nom podem invadir países... é um consolo.

Lembro umha notícia na revista Lambda que dizia que as entidades católicas e conservadoras (eg. os bispos e o PP, quem senom) faziam pressom para que a nova matéria Educaçom para a Cidadania nom recolhesse a existência de famílias homosexuais, ou qualquer referência à "diversidade afectivosexual". Diria isso de "eles saberám o que fam" nas na verdade penso que nom o sabem. Tenhem medo e nem sequer sabem a quê. Uns predicam o amor, na teoria, e dim que deves amar o teu inimigo e o que único que conseguem é gerar ódio. E o PSOE fai o que pode, mas podia fazer muito mais. Penso que nom vamos por mal caminho, mas vamos a passo de boi.

Hoje lia em El País algo que as pessoas realistas já sabem que acontece, e que as pessoas "diferentes" experimentam em carne própria, mas que um nem sempre tem presente, porque nem sempre sai no diário e, quando um se fai adulto, passa a presenciá-lo com menos frequência ou com mais distância, polo menos no meu caso. Quando ainda nom és adulto, talvez nom tes a consciência e madurez suficientes para pensar que isso que passa nom teria que passar. E quando te fas adulto, esqueces ou pensas que já nom passa, que o mundo mudou, simplesmente porque já nom o ves, e porque a gente tende a confundir o reconhecimento jurídico de determinados feitos com o seu estatus real que tenhem na sociedade.

Acontece algo semelhante com o galego: meu pai, como exemplo de cidadao meio, pensa que já está todo feito porque já se ensina na escola, já se fala na tele e na rádio, já nom se persegue a quem o fala. Mas que segue a haver na consiciência das pessoas?

Em qualquer caso, igual convem nom queixar-se demais: sempre podíamos estar pior.

terça-feira, 13 de março de 2007

Trava-línguas

Someone sent this one some days ago ("sikh" is pronounced /si:k/ - from aspirated "kh" in Panjabi):

Q: What do you call a half-dozen Indians with Asian flu?
A: Six sick Sikhs (sic).

And Albert and I came up with this one today:

I cooked a chicken quiche in my kitsch kitchen.
[aɪ ku:kt ə 'tʃɪkən ki:ʃ ɪn maɪ kɪtʃ 'kɪtʃəŋ]

Onírico I

Este é o primeiro dos sonhos que hoje decidim anotar nada mais acordar pola manhã.

Resulta que numha espécie de festa, o Chisco me regalou umha camiseta translúcida que tinha duas aberturas em forma de olhal de botom em sentido horizontal à altura das mamilas. A camiseta vinha numha bolsa de plástico transparente, que era grande demais para umha camiseta mas que seria ideal para ir à piscina. Despois, resulta que eu trabalhava (o primeiro dia) numha tenda de roupa, e ao final da jornada o patrom pagava-me os 60 e pico euros, mas dava-me um bilhete de 5 libras británicas. Entom eu digo-lhe que, aproveitando que estou num banco, que mas cambie por euros. E o tipo saca-me umha bandeja com uns petiscos, que eram quadrados de tofu frixidos. Mui bom, mas nom me cambiava as 5 libras...

E aí acordei...

domingo, 11 de março de 2007

Imposiçom e bidireccionalidades

Que bonita a eloquência do senhor Gómez de Liaño quando di (as cursivas som minhas):

Recuérdese a Miguel de Unamuno cuando defendía con pasión que debíamos salvar, con «respeto y protección» -como rezaba la Constitución de 1931-, los idiomas de Rosalía y Maragall, pero que no se podía imponer un idioma a un español que no lo hubiese tenido como lengua materna, si no era el castellano, hablado por todos, usado por millones de hombres.
Às vezes vejo-me tentado de submeter discursos inteiros a umha análise de lógica de predicados de primeira ordem ;)

Nom sei o que quereria dizer Unamuno nem o que entenderá o senhor Gómez de Liaño, magistrado e advogado, mas o que eu (probe inhorante) entendo é que o castelhano é o único idioma que se pode impor a um espanhol que nom o tivo como língua materna. Lendo isso, nom parece surprendente que o espanhol seja a língua materna tanto de Liaño como de Unamuno. Suponho que na realidade onde pom "podia" deve-se ler "devia", mas na época de Unamuno (e hoje em certa medida também) é verdade que era o único que se podia impor, e de facto é o idioma que durante séculos se vem impondo aos bascos, galegos e cataláns que nom o tenhem como idioma materno.

E prossegue:
En España hay una Constitución lo suficientemente clara y sólida como para saber que el castellano es nuestra lengua común, que la lengua común de España es el español y éste la lengua común en todas las partes.
Tampouco parece surprendente que seja a "nossa" língua comum depois de que durante séculos os que sim a tenhem como língua materna no-la impugessem aos que nom. Claro, como eles som mais! Mas um momento de reflexom: realmente temos que ter umha língua comum? Está bem, nom digo que nom, mas considerando vantagens e inconvenientes (desde umha perspectiva histórica, e por histórica nom quero dizer 20 anos nim 100), pode resultar tam imcomprensível que haja quem nom queira? Tam ilegítima parece tal proposta? Como faram os belgas ou os suíços? Devem ter uns problemas enormes...

E prossegue:
El intento de sabotaje del pregón de Elvira Lindo, patrocinado por ERC y el acoso al deportista Samuel Eto o por querer hablar en castellano son dos nuevos excesos, propios de la predisposición de ánimo de esos independentistas radicales que pretenden, día sí, día también, dinamitar la convivencia y los pilares básicos de la nación española.
Se a convivência e os pilares básicos da naçom espanhola som que os que nom o temos como língua materna temos que deixar que nos imponham o espanhol sem que nos territórios que tenhem umha língua de seu podamos fazer o mesmo (como fai qualquer país soberano, por certo), pois tampouco é mui surprendente que haja "independentistas radicais" nem que queiram dinamitar essa "convivência".

Acontece que só a parte poderosa pode impor a sua língua. Mas quando hai um mínimo de democracia (por imperfeita que seja) o poder reparte-se entre quem o reclama e as partes menos poderosas passam a sê-lo mais e as que o eram mais passam a sê-lo menos, o que permite que os menos poderosos podam decidir até certo ponto quê se querem deixar impor e quê nom, e isso pode incomodar os que antes eram mais poderosos, o qual é lógico, porque quem tem poder nom gosta de perdê-lo (ainda que fosse ilegítimo), nem muito menos de ver que nom só já nom pode impor (tanto) o que antes sim podia senom que mesmo pode ser objecto da imposiçom inversa.

E respeito aos "sabotajes" e "acosos", nom tenho nada a dizer nem ninguém que defender, a nom ser que quando hai liberdade de opiniom e sensaçom de ser vítima dumha imposiçom, tende a haver desajustes. Ou como di ele, "excessos", mas muitas vezes tais excessos, longe de serem reais, som fabricados polos meios.

Ui, agora que reparo, que feio soa isso de dizer "língua de seu". Dizer "língua própria" tampouco soa melhor. Carai, nom porque nom o seja, senom porque dizer própria ou de seu parece como que implica que as outras (como o espanhol) nom som próprias, senom que vinherom de fora, como se nos invadissem os marcianos, ou que forom impostas, e implicar isso de "língua imposta" soa feio. Vou ter que procurar palavras novas para nom dinamitar nada da naçom espanhola.

To humanity through forums and lists

This is a weird feeling.

For all the little (or big) problems that sometimes arise in my daily work, I normally find the way out myself, either in books, if I've got the right one at hand, or in the Internet. But whenever I'm stuck and I can sort it out myself, I ask for help in a forum or a list.

Sometimes people make suggestions, which sometimes work, but sometimes don't. But always I feel wonder at the motivation to help that so many people have. Sometimes this is someone who wants others to be able to solve the problems they're having with the software they developed or released, so to a certain point it's reasonable that they do their best to provide (such informal form of) support.

But most of times, people subscribed to the list would be reading the mails and answering those about something they know about. This is something I get pleasure doing myself, maybe not such much on lists because there's nothing I know so much about that I'm likely able to help others (except perhaps for regular expressions), but still I like helping other and feeling useful. And still I get very moved whenever anyone helps me out (or tries to), whenever someone takes the pain of reading, thinking, replying and getting involved in someone else's problem. It's a bit like when I stop to think about all those who contribute to develop free software, that moves me a lot too.

When I solve my problem I get doubly moved, because I get very happy too, and probably I will have learned something. This is something that I feel like saying sometimes, in my replies, but I never do because it would be an off-topic (not allowed!) and because you don't know who's reading and what cultural backgrounds they have -- they might not understand what you mean, or might be uncomfortable (as when my mum tries to kiss me, auch!) or will probably think that you're a psycho :)

So here's where I air this state of mind of mine. Thank you all, so much. I am very grateful that such people exist, not only because they help me a lot, but because they make me feel human in a good way. Keep it up!

sábado, 10 de março de 2007

Prostituimento

Há muitas coisas no mundo sobre as que não tenho opinião ou não tenho uma opinião definida. Com muitas delas, não me incomodo. Não tenho uma opinião definida e ponto, não me tira o sono. Não se pode saber de todo. Mas com algumas questões, sinto um rebulir por dentro que não me deixa ficar parado, não podo evitar necessitar ter uma opinião formada e fundamentada, porque sei que dessa opinião dependerá a minha acção cidadã, o meu voto e essa reacção em cadeia de agitação de consciências que não começa em mim e que não deveria acabar em mim. A prostituição é um desses temas.

Isto é uma das melhores coisas (a nível divulgativo) que levo lido sobre o tema, e na verdade penso que inclina muito a balança cara ao lado do abolicionismo no dilema abolição versus legalização. Está escrito por gente da, recente e felizmente descoberta por mim, Associação de homens pela igualdade de género. Combina duas coisas necessárias para produzir uma análise correcta: por um lado, dados numéricos e, por outro, uma interpretação desde uma perspectiva global, humana e de género, pondo bem em destaque os dois assuntos chave: a prostituição é um problema de género (quer dizer, inerente à violência do patriarcado), porque se trata dum mercado controlado por homens e cujos demandantes são também maioriamente homens. O outro problema é que afecta às mulheres mais pobres.

Quantas vezes não terei ouvido que não há que ser paternalista com as prostitutas porque são mulheres grandinhas para tomarem as suas próprias decisões sobre como se querem ganhar a vida, ou que a prostituição afecta tanto a homens como a mulheres porque também há homens prostitutos, ou que há prostitutas de luxo que não ganham nada mal a vida e que não são vítimas de nengum tipo de maltrato, ou que (dito da sua própria boca) as prostitutas (ou o seu corpo) não são nenguma mercadoria que se venda ou alugue senão que são trabalhadoras que proporcionam um serviço a um cliente, ou mesmo aberrações como que a prostituição cumpre uma função social porque assi se evitam muitas violações como produto da insatisfação sexual de certos homens.

Pois o artigo recolhe dados como que mais de 90% das pessoas (das quais a marioria são mulheres e crianças) que são introduzidas cada ano na União Europeia acabam sendo vítimas de exploração sexual, ou que mais de 90% das pessoas prostituídas são mulheres. Este artigo deixa bastante claro que nada tem a ver a prostituta que sai no debate de televisão defendendo melhoras nas condições "laborais" das prostitutas com a imensa maioria de mulheres que são vítimas da trata de pessoas e que não tenhem quase nenguma possiblidade de decidir o seu futuro. Uma das coisas mais interessantes é a comparação entre os resultados obtidos nos países que obtarão por um modelo legalicionista, como a Holanda, e os que optarão por um modelo abolicionista, como a Suécia.

Vale a pena lê-lo (isso e muito mais).

quarta-feira, 7 de março de 2007

Pensemos nas igrejas!

Acabo de ler umha frase caralhuda, que me lembra o que dizia, acho que era, o maestro Ciruela, que nom punha deveres. Dizia que se à escola nom levas cousas da casa, como o mando da tele, a aspiradora ou a avoa, por que havias de levar cousas da escola para casa? Nom sei se a frase é dele mas vinha num mail que me enviou o meu colega Joko Stefanlari. If you don't pray in my school, I won't think in your church. Se nom rezas na minha escola, eu nom pensarei na tua igreja.

quinta-feira, 1 de março de 2007

friki

Jo sí que sóc un friki. Avui he anat a Continuarà, la botiga de dues plantes especialitzada en còmics de Via Laietana, on pots trobar de tot tipus de còmics, de manga, de ninots de G.I.Joe. Hi he anat i m'he comprat un Super López chachi piruli de tota la vida.

terça-feira, 20 de fevereiro de 2007

cd /pub && more beer

I know I've been working for two long. I haven't been out for some beer for more than a week now. When that happens, I can't keep on writing my scripts. There must be a synaptic failure in my brain or something because any time I try to type print, all I can type is pint. Here's a sign from Heaven telling me that I must urgently pay a visit to the nearest pub.

sábado, 17 de fevereiro de 2007

de nomes e de ruidos e de quenturas no MacBook

Lembro que os primeiros dias o MacBook nom fazia ruído nengum. Era umha cousinha silenciosa. Refiro-me ao ventilador, polo que o ruído estranho que fai ao meter e tirar um cd nom conta. Depois descobrim que quando fago algo que requer muito processamento fai uns ruídos semelhantes aos dum fervedor de água eléctrico, um ruído que aumenta e aumenta até que se escuita ferver a água e entom o fervedor desliga-se. Por isso, e poruqe é branco, lhe pugem de nome kettle :)

Este nome foi o segundo, que veu substituir ao primeiro, mincha, porque é pequeno, que também hai minchas brancas, e também como variaçom do nome que tinha o Dell, pero este nome nom lhe acaía bem.

O caso é que agora o ventilador já fai muito mais ruído, quase tanto como o que fazia o Dell, que se chamava micho, polo ronroneio que fazia. Por certo, o disco rígido externo, que ainda conservo, fai regularmente um ruidinho semelhante ao que fam as galinhas. Também conheço algum frigorífico que fai igual.

Bem, pois à parte do ruído, também notei que o MacBook ao princípio nom se quentava nada, e em câmbio agora quenta-se muito mais. Isto suponho que é devido a que ao princípio o disco estava quase vazio, e o ar tinha muito sítio para circular, por isso também o ventilador tinha que trabalhar menos, ao passo que agora o disco está quase cheio e o ar tem mui pouco sítio para circular, por isso se quenta antes, e por isso o ventilador tem que trabalhar muito mais.

Se quadra haverei de provar a fazer umha partiçom no disco e deixá-la livre para que sirva como reserva de ar frio, para que ao passar polo lado dela o ar arrefeça. E também nom viria mal mirar a ver se hai algum sistema de ficheiros que requira menor energia de activaçom ou instalar nessa partiçom algum programa que funcione como anti-catalizador do funcionamento interno do processador. Algo ha de haver.

sábado, 10 de fevereiro de 2007

Cuscus de polo com passas e amêndoas (6 pessoas)

1 cunca de cuscus (كُسكوس) d
6 coxas de polo, sem pele e sem osso, cortadas em cachos finos
1/8 colherinha de pementa de cayena
1/4 colherinha de cravo moído
1/4 colherinha de canela moída
1/4 colherinha de cardamomo moído (sem a casca)
1/2 colherinha de cominho moído
1 colherinha de cúrcuma
1/4 cunca de passas
1 colher sopeira de azeite
1 cebola, cortada fina
4 dentes de alho, cortados finos
1/4 colherinha de sal
2 cuncas de caldo de polo sem sal
2 colheres de amêndoas esfianhadas

Pôr o polo num bol e cobrir com a pementa, o cravo, a canela, o cardamomo, o cominho e a cúrcuma. Remexer bem para que todo o polo fique coberto com as espécias. Deixar macerar polo menos durante 30 minutos.

Para preparar o cuscus, combiná-lo com as passas num bol e botar umha cunca de água a ferver. Cobrir o bol e deixar inchar durante 5 minutos. Alternativamente,seguir as instruçons da caixa do cuscus, se as tiver.

Quentar o azeite numha panela larga ou num uok a lume morno. Acrescentar a cebola e o alho e refogar, remexendo, até que a cebola estiver translúcida (sobre 3 minutos). Polvilhar o sal sobre o polo e colocar as coxas na panela. Refogar remexedo com freqüência até que o polo estiver firme (sobre 5 minutos). Botar o caldo sobre o polo e fazer ferver. Escorrer inmediatamente, deixando o sólido e o caldo separados.

Remexer o cuscus com um garfo e colocar numha prateleira para servir em forma de coroa. Colocar o polo no buraco do meio e verter o caldo por encima de todo. Coroar o prato com as amêndoas.

quinta-feira, 8 de fevereiro de 2007

foto olho

Esta foto é parte dumha que me tirou o Paulo num bar de Compostela à minha volta do Brasil. Levava o chapeu andino e estava a comer um bocata de queijo com umha estrella.

quarta-feira, 7 de fevereiro de 2007

Em 25 segundos


Humm, essa boca sensual, humm sim... Será a mesma que aparece no começo de Rocky Horror Picture Show...

Ainda sendo mui moderadinha, a mim parece-me que esta iniciativa tem muito valor e, dependendo da difusom que tiver, realmente pode servir para mudar algumhas mentalidades (sobretudo vindo do Concelho de Santiago e nom de nengumha associaçom independentista nem marxista-leninista). Por algo se começa! Parece-me umha mui boa maneira de abrir os olhos a muita gente que nem sabe o que é o reintegracionismo ou que pensa que "essas pintadas" ou esses panfletos estám escritas com "nh" simplesmente como umha maneira de rebeliom anti-sistema semelhante à dos anarkas, punkarras, okupas e demais (nom tenho nada em contra das suas heterografias, quero dizer que a motivaçom é mui diferente).

O que noutras circunstâncias ou noutro país poderia ser tomado como um insulto à inteligência (lh = ll, oooooh!), na Galiza hoje (já eram bem tempos!) sem dúvida servirá para acalar alguns comentários impertinentes que tenho que agüentar eu cada vez que certas pessoas do meu ambiente leem cousas escritas por mim, como se escrever sem ñ's fosse um atentado à decência e convivência entre pessoas civilizadas. Daí a estarem abertos, já nom digo a argumentos reintegracionistas, senom simplesmente a considerarem as pessoas reintegracionistas doutra maneira, fica um passo mais pequeno.

Será mui ingênuo pensar que algo pode mudar nas ideias dumha pessoa sem nengum tipo de inquietude lingüística ao ver (e acreditar no que di) este marcador? Isso de poder aprender a ler umha língua estrangeira em 25 segundos é um pouco raro, nom? Aqui cheira a gato...

Avante, força çedilha!

segunda-feira, 29 de janeiro de 2007

Galizan Vice-President Revives Idea Of Switching To Portuguese Spelling System

Galizan Vice-President (file photo)
(RFE/RL)
January 29, 2007 (RFE/RL) -- Galizan Vice-President Anxo Quintana today suggested that discussions will start on the expediency of adopting the Portuguese spelling system for the Galizan language.

Addressing a meeting of the Royal Galizan Academy and the Galizan Association of Language, two advisory presidential bodies, Quintana said a number of other countries, such as Turkey, Moldavia or some former Soviet republics, had already switched to the Latin script from the Cyrillic or the Arabic alphabets and that Galiza should consider making a similar move.

But he warned that the change should be made "with no haste" and suggested both spelling systems could co-exist for a certain period of time, as happens in Norway with bokmål and nynorsk, to make things easier.

Azerbaijan switched to the Latin script in 2001. Both Turkmenistan and Uzbekistan abandoned the Cyrillic alphabet in the mid-1990s.

Mr. Quintana also urged the government to promote the teaching of the Galizan language among civil servants. "Command of the national langage must become mandatory for all Galizans who work for the government," he said.

Quintana also said efforts must be made to replace Spanish scientific terms with Galizan or Portuguese ones.

He also urged for promotion of Portuguese teaching in high-schools and language schools but he insisted that the Spanish language should remain as widespread as it is, "because it is a factor for Galiza's competitiveness."

Galiza has an large Spanish-speaking minority, which is the predominant linguistic group in some urban areas.

(RFE/RL's Galizan Service with addtional reporting by Galicia Today and Vieiros)

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